sábado, 19 de junho de 2010

Romantismo


Eu tinha nojo do romantismo.Meu pai queria me comprar um romance há anos atrás, eu dizia que não, achava aquilo tudo uma baboseira, uma grande mentira que as pessoas interpretavam pra dar mais intensidade a uma vida sem graça.

Além da minha ignorancia literária, eu demonstrava certa "superioridade", sabia que o final feliz era unica e exclusivamente propriedade dos livros e que na vida real, bem o buraco era mais embaixo.

Hoje eu posso dizer sem vergonha que sou um Romântico e com "R" maisculo.Tenho meu romantismo próprio, "a la Perez" digmos assim!

Sou romântico pela vida em si, acho que a minha adolescência ao som da bossa nova contribuiu muito para essa minha metamorfose de pequeno revoltado para um romântico apaixonado pela vida.

Meu romatisco é básico, quero levar a vida sem encrencas e conflitos desnecessários, dou liberdade a todos os meus sentimentos, mas com o tempo vou esquecendo os ruins, afinal não quero nada além do cigarro me envenenando! Romantismo a la Perez é quase um sinônimo e respeito pelas mulheres, sou um apaixonado pela ato de me apaixonar.

"Apaixonado pelo ato de me apaixonar". É bobo, mas é verdade. Desde sempre eu procuro por algo assim: uma história com sentimento, proibição e desejo. A vida tem mais graça quando é intensa, a vida tem mais gosto quando é saboreada e tudo tem mais valor quando é mais dificil.

Sou um insano pela conquista, um exagerado infantil em alguns momentos , mas sempre humilde em reconhecer o meu erro e pedir desculpas.

Continuo apostando que o final feliz é propriedade inalienável dos livros, mas sei que quando uma história chega ao fim, basta virar a página e começar a escrever outra, mesmo que com letras canhestaras em linhas tortas.Estamos sempre prontos para um novo começo, em outra livro com novos capítulos.

Flores, carinho, atenção e afeto! É quase a receita para ser feliz, adicione-se a isso algum tempero referente ao libido e voialá temos na forma alguma história para contar.

Sei que isso é diferente, incomum para aqueles que gostam de eufemismos, mas não tenho vergonha de ser como sou e sei que da minha maneira estou certo! Tentar ser outra coisa, interpretar personagens estranhos a mim já foi uma opção, mas vi que não nasci para atuar.Tenho a minha marca e vou trabalha-la para sempre aperfeiçoa-la.

Tenho nas palavras uma arma forte e nas atitudes alguns defeitos, mas também não dava para ser perfeito, mas sempre dá para buscarmos a perfeição.

Tudo passa, menos a verdadeira beleza.A verdadeira beleza da natureza, nascer no rio de janeiro e ser carioca já é um grande privilégio.A verdadeira beleza do significado de um objeto, seja uma carta, um presente barato ou qualquer coisa do gênero. A verdadeira beleza das pessoas, aquelas que você só vê quando olha nos olhos de alguém.

Ofereço uma rosa, síntese da minha paixão pela vida, a todos que são meus amigos, meus amores, meus ex amores e aquelas que serão meus amores.Pois confio que na rosa, mesmo com os seus feios espinhos está a verdadeira beleza da vida.Vida essa que é pra valer que é pra levar como dizia Viníciuis de Moraes.Saravá!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Clima de Copa


Ela acordou já pensando que era dia da estréia do Brasil na copa do mundo.Era disso que precisava, seu namoro já não estava muito bem e estar com os amigos mais velhos de sua irmã ajudaria a passar o tempo.Ela adorava copa do mundo, não entendia nada de futebol, mas como todo brasileiro, a cada quatro anos se sente técnica da seleção e já mostrava preucupação com recente contusão do goleiro Júlio Cesar.Seria um bom dia, tinha certeza.
Ele acordou preucapado, estava desconfortável com as constantes brigas com a namorada, queria um jeito para resolver de uma vez os problemas, queria que as coisas voltassem a ser como antes.Nem lembrou que era terça, dia de Brasil e Coréia, mas quando lembrou sentiu aquela pontada no estômago conhecida por todos, o ciumés.Ciumes de que, meu Deus? perguntava ele enquanto tomava café da manhã, afinal é minha namorada de anos, não posso duvidar dela, se ela prefere ver o jogo com a irmã e os amigos melhor assim.Tenho que confiar nela, aproveitando essa época ufanisma vou comprar um ursinho na cor do brasil e dar pra ela, tenho certeza que tudo vai se resolver.
O outro acordou ansisoso afinal era dia de ser Brasileiro, preparar os pulmões para soprar as vuvuzelas por noventa minutos e xingar o péssimo técnico Dunga, afinal se o Brasil não for campeão a culpa será dele. Quem mais proibiria sexo?! Isso só reforçava que gaucho é tudo viado.Ainda tinha outro bom problema a ser resolvido, em cliama de copa não faltam convites para assistir os jogos, o outro estava em dúvida entre asssitir o jogo na casa do betão ou ir para a casa da Marina, sua colega de faculdade.
A casa da Marina é perfeita: Grande, exótica, confortável e com muitos quartos livres.O jogo já estava quase começando quando Ela chegou acompanhada da irmã, assim que viu o Outro confortavelmente jogado sobre uma almofada se sentiu tentada a sentar perto, afinal qual o mal de conversar com outro garoto, namorar é um saco, pensou Ela enquanto já trocava olhares com o Outro.
O Outro já sabia que Ela estava na dele, sentiu pelo sorriso com malícia, afinal mulher é um bicho fácil de ser decifrado, ainda mais quanto vista de um ponto de vista racional: como um objeto, uma presa.
Ela sentou do lado do Outro e a conversa fluiu previsivelmente como o esperado, chata e recheada de indiretas que funcionaram melhor que qualquer soco direto do maguila, derrubou-a de vez, já estava jogada na lona, só faltava o golpe final.
Ele não conseguia se concentrar no jogo, falou com Ela antes de sair de casa e Ela continuou fria, adiando o encontro deles para o dia seguinte.Definitivamente as coisas mudaram, mas aquela mulher era especial, não desistiria fácil, devia ser só um momento de confusão, como tantos outros.
Intervalo, o jogo estava chato, zero a zero.Placar que incomodava tanto a seleção como quanto ao outro, que já estava fazendo de tudo para tirá-la da sala e levá-la para um dos quartos vazios da perfeita cada da marina! Vencida pela força de seus argumentos, que coincidiram com o momento que o Outro tirou a camisa, eles foram para o quaro para Ela poder explixar o por que de não trair o namorado.Entre a segunda e quarta palavras que o Outro nem prestou atenção, eles já estavam rolando pelo chão de carpete falso.
GOOOOOOOLLL!!! o gol foi comemorado das mais variadas formas: o grito de uns, o gozo de outros e pelo leve sorriso desanimado d`ele.
Antes de dormir, o Outro estava pensando que adorava a copa do mundo e a irmã safada da Letícia.Ele estava rolando na cama pensando onde ele deveria ter errado.Ela não estava pensando em nada, afinal amanhã tem aula! A única certeza que ela tinha, comprovada pelo empirismo é que tudo que é proibido, com certeza é mais gostoso

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Anos Dourados


Se tivesse que escolher um ano como ano dourado do Colégio Pedro II, eu escolheria o ano de 2008! Coincidência ou não, 40 anos depois de 68! Em comum, nós esperimentamos: a liberdade, o amor, a rebeldia, a democracia, o hedonismo e principalmente a síntese daquele ano, a amizade.
Amigos vêm e vão e com os de 2008 não seria diferente. O clima era especial, propício a união estávamos em turmas novas com velhos conhecidos, estávamos recebendo alunos transferidos de outras unidades trazendo com eles o charme e um tempero a mais para tornar 2008 um ano inesquecível.
Talvez eu fosse um dos poucos que destoasse desse conjunto, eu fui pra uma turma sem identificação alguma comigo, era tão arrogante e vaidoso que deixava o Fernando Henrique no chão, mas nesse contexto fiz um grupo de verdadeiros amigos naquela sala, o quadrado do fundo da sala foi lindo enquanto durou. E os que infelimente estavam "daqui pra lá" que me perdoem, mas o idiota era eu.
Os amigos se multiplicavam, assim como alguns saudosos problemas! Os inimigos a época, hoje são amigos de beber junto ( garçon, a cerveja por favor), mostrando que até os problemas ficaram para trás, mas eles que me desculpem, lembrar do primeiro ano é lembrar que vivíamos em um contexto de guerra fria! Vou explicá-la..
Estávamos em clima de futebol, afirmo que era mais emocionate que copa do mundo, nós do primeiro ano éramos Piriguete e CP créu! Rosa, preto e laranja eram as cores de nossos corações!
Mas o que o futebol tem relação com a "Guerra Fria"? Tudo, que meninas não querem pegar jogadores de futebol, ainda mais os símbolos de uma série? Está montado o palco para o conflito.Entre mortos e feridos, todos sairam ganhando, a única guerra que o final foi feliz para todos, coisa de anos dourados.
Nesse ano, apareceu aquele que pra mim é mais um dos símbolos de 2008: " A casa do Luis".
Desculpem a arrogância, mas não existem palavras pra descrever o que era estar na casa do luis.Ali esperimentávamos a liberdade, coisa perigosa para se dar na mão de adolescentes, ali tínhamos tudo que precisávamos, amigos, bebidas, televisão, dvd e principalmente, tinhamos o Luis como anfitrião, a pessoa que sabe fazer com que todos se sintam em casa na casa dele.
Eu descobri o arpoador no primeiro ano, junto com ele descobri o porre também! o The circle, circulo de confiança, estava em pleno vapor, íamos pra conversar, íamos para compartilhar o que descobríamos da vida, íamos para descobrir coisas novas da vida ( e viva o porre!).Hoje, o arpoador pra mim, nada mais é do que uma lembrança, ir lá hoje em dia é quase frustrante, mas sempre muito prazeroso,ando muito saudosista.
Pra mim, 2008 é ano de eleição para diretor geral do CPII, ano onde eu tomei a dimensão do que é o Colégio Pedro II, a sua importância e valor para todos que compõe a sua comunidade. Mais importante do que o resultado da eleição foi a experiência ( e claro, ser o queridinho da Vera), o debate político, a experiência de gremio. Os derrotados que me desculpem, mas ganhar é muito bom!
Diversão é uma palavra chave, nos divertíamos até voltando para a casa.A "escadinha" eu pouco participei, mas das vezes que fui nunca ri tanto qanto naquela escada do metro, voltar num metro ao melhor estilo navio negreiro valia a pena por estar com vocês.Hoje, se voltássemos para aquela escada a nossa maior diversão seria disputar quem ia jogar o outro mais rápido escada a baixo. Infelizmente.
Assim como Brasília foi a meta síntese para juscelino, pra mim a síntese de 2008 foi Paraty. Mais especificamente o " Quarto 50 e seus fechamentos".Paraty é recheada de lembranças, de situações inesquecíveis, de madrugadas em branco, paulistas assanhadas, foras históricos, troféus simbólicos, professores inesquecíveis e do que eu considero um clima de amor. O Quarto 50 & Paraty é inesquecível, é lindo é 2008.
Nesse ano, eu me embebedei de amor e vomitei ressentimento.Aquela arrogância toda era uma máscara, uma forma de esconder medos, inseguranças e sentimentos.Por isso você Pâm tem a sua importância! Ainda bem que nós não ficamos, eu quebrei toda aquela máscara e fui pro humaitá descobrir quem eu realmente era, me apaixonei por mim e descobri que é na unidade centro, com todos os meus probelamas passados e presentes que eu tenho a minha história, onde o meu nome tem significadoe onde os meus amigos e os meus colegas estão.
É pensando nos meus amigos, os de ontem e os de hoje que eu escrevi essa ode a 2008 e termino com um misto de felicidade e tristeza. Todos foram especiais pra mim, uns mais marcantes que outros, mas todos vocês são insubstituíveis na minha história e eu na de vocês.
2008 é o ano que eu quero me lembrar e contar pros meus filhos e vocês?