sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cartas Secretas

Começarei a fazer diálogos entre os meus novos e velhos textos.
A base será os meus textos da época do livrepub, que serão confrontados com a minha mentalidade atual e, quem sabe, não muito mais avançada que a cabeça daquele garoto que envergava cheio de orgulho as esperanças no amor verdadeiro e as loucas teorias de um recém adolescente arrogante e polêmico.
Espero que gostem.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

De onde vem as bruxas?

Ninguém nunca fez a epistemologia da origem das bruxas dos contos de fada. Elas já nascem más? Vingativas? Tristes? Rancorosas?
Claro que não. Nascem princesas, lindas princesas. Ingênuas, puras, fofas, alegres, virgens e felizes. Sonham com olhinhos brilhantes o dia em que seu cavalheiro tirá-las-á da sua rotina.
Descobrem seus príncipes, cavalgam juntos aventuras inéditas; sonham, brincam, maculam-se do jeito mais belo que a natureza permite São felizes.
Felicidade é momento, felicidade é efêmero.
Foram felizes, até que o tempo virou. A chuva limpou a tinta branca que recobria o cavalo negro de olhos vermelhos, os títulos de nobreza dos príncipes esvaem-se em mentiras, o castelo de sonhos cristalinos, por ambos contruídos, desmorona em montes gélidos de areia.
Eu, que antes era um nobre valete da corte idílica, tornei-me mais um intocável procurado pela fúria da princesa traída.
Todo conto de fadas tem o seu fim.
E por uma questão de caráter, descobriremos se você, é maior ou menor que um pesadelo. Assuma-se, menina, como gata borralheira, assuma os seus princípios e busque o seu próximo conto de fadas.
Se não, renda-se à tristeza, ao espelho dos maus conselhos, à vingança que te envenena e assim, torne-se a próxima bruxa de um conto de fadas.

e a matéria prima do amor eterno
fez-se prima do antídoto da paixão
Amargo. Forte.Válido. Eficaz?

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Teoria Pura da Efemeridade

Não leio mais literatura,
confundo moraes com kelsen.

Palavras, pra mim, são frias.
sem múltiplos sentidos;
sentidos que apontam a você.

Racional, prático, patético.
Afasto o confuso, difuso e extraordinário.

Me perco no dever-ser das leis,
assim não te acho no ser da minha esperança.
Procuro o sentido, verdadeiro sentido
o sentido direito. Direito Subjetivo.
que era pressuposto, na norma fundamental, você.