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terça-feira, 12 de julho de 2011

Tememos a busca pela felicidade.

Admito que sempre invejei um pouco da sua busca pela felicidade, menina.
A escolha para você, mesmo que, às vezes, não muito clara, sempre visou o supremo valor da felicidade. Seu desembaraço, sua nudez ao expressar vontades eram lindas e encantavam a mim, preso a advogar por valores conservadores de uma sociedade hipócrita que lhe condenava.
Espero que a catarse de suas atraentes danças sob músicas que poderiam, muitas vezes, ser inspiradas em você tenham-lhe servido para purgar as sanções emocionalmente invejosas de uma comunidade que apenas nas palavras busca a felicidade. A noite era seu palco, onde você não tinha vergonha de ser uma personagem e "brincar de ser feliz".
Hoje, admiro sua ética, seu desembaraço pela felicidade e a sua verdade sempre pura e por nós temida.
Eu admiro você. Seja feliz.

domingo, 10 de julho de 2011

O título é Você

Finalmente, volto a encontrar com você.
Não caia, leitor, no lógico erro de perguntar " Quem é você?"
A pergunta certa é " O que é você?"

Você - sei que está sorrindo agora- é o encanto. A forte delicadeza que rompe com o tempo. As horas são segundos de outro século. Desse século que encenamos em ficção com a incerteza dos papéis e com a certeza da brincadeira.
Os dogmas de botequim não são imunes à sua naturalidade: o ser " frio e calculista" não condiz com a sua realidade. É impossível ser frio ao seu lado, mesmo tentando calcular tudo, sua fórmula é composta de inúmeras variáveis. O charme da incerteza. Tenho certeza que aquele que inventou a imensidão da areia da praia o fez pensando no tempo a ser gasto com você. Aquele que inventou o arpoador, o fez para contemplar a beleza dos seus cabelos negros ao vento frio que só o calor do homem aquece.
Que débil papel que faço agora tentando escrever descrevendo aquilo que não há e não pode haver palavras para enquadrar. Sorte - azar dos ingênuos - tenho eu em não descrever os sorrisos e olhares que a química dos alquimistas nos proporcionou.
Você, simples leitor, pode não entender o encanto.

Quero dedicar a você esse texto.

domingo, 8 de maio de 2011

O Novo Tempo

É hora de reavaliarmos o tempo. Quando mais jovens, o tempo carregava, em si, o efêmero dualismo da destruição e construção: Amizades, amores e sabores montavam-se, desmontavam-se e reerguiam aquilo que nós entendíamos por nós mesmos.
Essa efemeridade dava-nos a emoção da descoberta e a cadência novelesca dos dramas adolescentes. Eramos determinados por nossos instintos, impulsivos e gulosos por provar os mil sabores postos, em mil aparências diferentes em um banquete de novidades. A razão e mais precisamente o conhecimento, segundo nietzsche, é resultado do enfrentamento de nossos instintos, uma invenção do homem social. Através do processo de hominização, nossos instintos foram, paulatinamente, substituídos por um comportamento social individualizado de cunho racional. Percebeu como você está menos impulsivo?
O tempo deixou de ser revolucionário, devastador de estruturas, e passou a ser conservador com toques reformistas. Evoluiu da esquerda dos discursos libertários ou libertinos para a direita do comportamento. Entenda-se por direita do comportamento quando as idealizações ingênuas dão lugar a ações e sentimentos mais práticos, mais estáveis, sem perder o lado humano. Os relacionamentos tendem a ser mais duradouros, o joguinho de atenção e carência deram lugar para relações mais maduras e de trocas mais profundas.
Quero deixar claro que não estou dizendo que o tempo passe mais devagar. O Tempo passa cada vez mais rápido: os anos letivos tornaram-se semestres, por exemplo. O Tempo passa mais rápido e mais cauteloso, menos surpreendente, mais conservador.
Daquele tempo, trago saudades e amigos. De que lado você se encontra?

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cartas Secretas

Começarei a fazer diálogos entre os meus novos e velhos textos.
A base será os meus textos da época do livrepub, que serão confrontados com a minha mentalidade atual e, quem sabe, não muito mais avançada que a cabeça daquele garoto que envergava cheio de orgulho as esperanças no amor verdadeiro e as loucas teorias de um recém adolescente arrogante e polêmico.
Espero que gostem.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

De onde vem as bruxas?

Ninguém nunca fez a epistemologia da origem das bruxas dos contos de fada. Elas já nascem más? Vingativas? Tristes? Rancorosas?
Claro que não. Nascem princesas, lindas princesas. Ingênuas, puras, fofas, alegres, virgens e felizes. Sonham com olhinhos brilhantes o dia em que seu cavalheiro tirá-las-á da sua rotina.
Descobrem seus príncipes, cavalgam juntos aventuras inéditas; sonham, brincam, maculam-se do jeito mais belo que a natureza permite São felizes.
Felicidade é momento, felicidade é efêmero.
Foram felizes, até que o tempo virou. A chuva limpou a tinta branca que recobria o cavalo negro de olhos vermelhos, os títulos de nobreza dos príncipes esvaem-se em mentiras, o castelo de sonhos cristalinos, por ambos contruídos, desmorona em montes gélidos de areia.
Eu, que antes era um nobre valete da corte idílica, tornei-me mais um intocável procurado pela fúria da princesa traída.
Todo conto de fadas tem o seu fim.
E por uma questão de caráter, descobriremos se você, é maior ou menor que um pesadelo. Assuma-se, menina, como gata borralheira, assuma os seus princípios e busque o seu próximo conto de fadas.
Se não, renda-se à tristeza, ao espelho dos maus conselhos, à vingança que te envenena e assim, torne-se a próxima bruxa de um conto de fadas.

e a matéria prima do amor eterno
fez-se prima do antídoto da paixão
Amargo. Forte.Válido. Eficaz?

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Teoria Pura da Efemeridade

Não leio mais literatura,
confundo moraes com kelsen.

Palavras, pra mim, são frias.
sem múltiplos sentidos;
sentidos que apontam a você.

Racional, prático, patético.
Afasto o confuso, difuso e extraordinário.

Me perco no dever-ser das leis,
assim não te acho no ser da minha esperança.
Procuro o sentido, verdadeiro sentido
o sentido direito. Direito Subjetivo.
que era pressuposto, na norma fundamental, você.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Testamento

O Pedro II morreu,
a inspiração passou
e esse blog acabou. 

e àquelas que me inspiravam, 
deixo o pretérito imperfeito.

e o futuro? 
às leis pertence.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Poeta Conservador

Dentro de mim, convivem pacificamente duas formas de mim.

Detro de mim, existe o poeta que deseja transformar a vida em um turbilhão sem fim de palavras.
Dentro de mim, existe o convervador que considera uma assinatura mais valiosa que mil palavras.

Dentro de mim, o poeta defende a linguagem calada dos corpos como universal, a única que não precisa de tradução.
Dentro de mim, o conservador defende a tradição,a moral e os bons costumes.

Dentro de mim, existe o poeta que transforma carinhos em flores.
                        existe, também, aquele que transforma as frustrações em eternos dissabores.

Dentro de mim, liberdade e cultura
Dentro de mim, status e fortuna.

Romântico por natureza,
interesseiro com destreza.

Sou aquele que ama, chora e deseja.
Sou aquele que mente, engana e trai.

Transformo desejos reais em versos quentes.
Recito mentiras frias em ouvidos quentes.

Te olho com paixão,
engulo toda a decepção.

Te olho com rancor,
transformo palavras em armas.

Dentro de mim, eu existo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Delírios Tropicais

Existe tanto pra se dizer,
                  pra te dizer.
e nenhuma palavra que se faça traduzir,
                                        me traduzir.
É na noite de verão onde, em vão, tento
me aquecer.
te esquecer.


- É tão triste de se ver
aquele garoto, de novo, adoecer.

domingo, 12 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Morte do Poeta

Poeta é aquele que morre com a mentira no sangue.

Poesia é vida, vida dos sonhos.

Poeta é um mentiroso profissional,
honesto profissional.

Poesia é um mundo particular,
meu mundo particular.

Na morte do poeta,
choram as viúvas.
viúvas dos sonhos, do imaginário,
daquilo tudo que nunca foi real.

Na morte da poesia,
celebra-se a vida.
Vida Real.

Adeus, poeta. Adeus pro seu mundo ideal.

domingo, 28 de novembro de 2010

Omnibus

No pagode do downtown,
canta-se a nova canção;
ritmada no ônibus da vida,
protagonizada de AaZ
na moda da paixão.

Menina sem nome no ponto me espera,
me pega, me leva, me solta, me arrasta.
A cada freiada acelero em teu rumo.

Menina bonita o colégio te espera.
me deixa, menina, te ensinar o que a sala despreza!

Menino, safado, teu flerte desperta
me pega, me leva, me solta, me arrasta
a cada parada me aconchego em teu peito

Seu sorriso, menina, me expanta da Fera...

O sino apitou, o downtown chegou e o flerte acabou

e a história? Só começou.


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Perfume

Que bela e marcante mulher
que tem para si o perfume do mundo.
Maravilha de perfume.Perfume de mulher;

Inebriante, marcante
forjado nas pétalas de rosas vivas
e nos doces de bombons garato.

Perfume forte, aquecido pelo calor dos trópicos,
é tropicana, gostamos de seu sabor.
Caliente. Ardente.

Garota, pseudo doçura
descrita a risca nos romances de Sade.
Libido, desejo, passividade.

Cheiro que embebeda o desejo dos louros amantes,
investe de certeza o aroma
do mais sublime banquete
Dionisíaca, Baco, Bacante.

Fragância que convida
a gênese da vida.
detêm-se nos muros canhestros.
Insatisfeita menina, pudica?

Perfume que dá fome
TIC

Perfume que dá fome
TAC

domingo, 14 de novembro de 2010

Ele, o Tempo.

Era o Tempo do passado, hoje marginalizado, Tempo feliz, mas de saudades poucas.
Tempo de descobrir, proibido era esse Tempo, que Tempo gostoso.
Sonhava com o Tempo futuro, onde o nosso Tempo seria uno.
Primavera dos Tempos, dos encontros desencontrados, dos tempos até hoje relembrados.
Que Tempos, quase dourados.

Veio aquele que parecia o fim, o fim dos tempos !
Tempo que nos mostrou que nosso Tempo era separado,
Tempos passados estavam mortos e enterrados.
Feliz início para outros tempos, hoje ornados e statificados.

Ahh.. Tempos novos, novos e simultaneamente velhos, velhos tempos que hoje lembramos.
Lembramos sem vivê-los, afinal nunca o vivemos.
Tempos hoje sem nome! Inominável e curioso. Tempo apenas que nos dá certeza dos futuros tempos incertos.
Tempos diferentes, como sempre. Tempos parecidos, como sempre.

Esse texto é pra você e ao nosso amigo e, às vezes, inimigo Tempo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tempos Antigos

Serelepemente, tomamos o bonde para ir à Praça Afonso Pena caminharmos em uma bela manhã de domingo. Mal sabiam nossos pais que estávamos fugindo da chatérrima missa do Padre Antônio Vieira para namorarmos escondidos na tijuca.
Comíamos pipoca de mãos dadas, caminhávamos sem rumo pelas sombras da praça, nossa única preocupação palpável era não sermos acertados pelos balaços disparados pelos pequenos craques de rua. Bons tempos em que "balaços" e "Craque" ainda podiam ser usados na mesma frase sem despertar arrepios.Alimentávamos despreocupadamente entre risinhos bobos e apaixonados os pombos que lá habitavam. Tanto amor nós tínhamos que nem nojo dos ratos do ar nós sentíamos.

Fazia em ti e ao mesmo tempo em mim todos os carinhos do mundo, mas nem todos eram capazes de amenizar o meu ego por estar ao teu lado.

Sentávamos nos belos bancos verdes oliva e tal qual namorados, assistíamos as crianças brincarem de pique e eu galhofamente sussurrava em teu ouvido " Enquanto as crianças brincam de pique, nós jovens deveríamos estar brincando de pega."

Fugindo de seu tímido tapinha ruborizado, me levantava e trazia-a junto a mim para darmos mais uma volta pela Praça dos Amantes. Fazíamos planos nas nuvens cor de algodão enquanto comíamos doce de algodão rosa, rosa como a cor das maças de seu rosto corado pelo sol do meio dia.


Ahh doce e triste tempo! É hora de voltarmos, pegarmos o bonde para copacabana e só nos reencontrarmos nas intermináveis aulas de literatura do Ginásio Nacional. Ahh doce e cruel tempo, por que comportava-te assim? O tempo contigo deixava de ser um claustro e tornava-se um doce passa-tempo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Todo conto tem o seu fim!

Ouro e Verde já belos misturam-se com o rubro de suas meigas faces apaixonadas.

Oh! Beleza Jovem e ingênua.

Oh! Beleza Sincera e bela.


Ontem, fostes o forte outono que fez cair as antigas flores da minha história.

Vivemos juntos em um quadro de Dali, loucuras em nosso tempo com nosso tempo.

Falei o que nunca nenhum falou-lhe, fui o que todos os outros foram-lhe

Uma falsa hipérbole e personificação de um Príncipe do Mar.


Do mar, apenas banhei-me com as lágrimas delicadamente escorridas de suas esmeraldas marejadas.


Sou filho do Verão. Verão esse que me foi apresentado pelas morenas e loiras abelhas, amigas das flores, que com suas danças, charme e leveza conduziram ao quente caminho do pecado para sorver, sem culpa, o doce néctar ainda proibido.


Não conto com tuas penosas lágrimas ao término de cada tarde, pois não serão suficientes para refrescar-me do calor da minha favorita estação.


Não sou Príncipe, não sou Lorde, sou Macunaíma!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Querência

Não existe no dicionário! Mas, não existe apenas no dicionário. Não culpo os gramáticos, querência não se explica pelo tom frio de um verbete. Não podemos deixar que o crime cometido com algumas palavras como "sexo" repita-se. Ninguém usa mais sexo, ninguém faz mais sexo, nem seus avós. Culpa do dicionário.






Foda. Os dicionários mais "adolescentes" explicam com mortas palavras que Foda é um substantivo abstrato. Abstrato? Gramáticos são brochas.






Foder foi assassinado e virou coisa de gramático apenas.






Vamos torcer para que " Pentada Violenta" não siga o mesmo caminho e permaneça como um ato indescritível e de fácil(?) realização.






Estou esperando o dia em que o verbo comer terá duas definições, a do ato de alimentarmo-nos e a do ato de alimentarmo-nos. Minha sugestão é que para entender o parágrafo, leiam o segundo "alimentarmo-nos" com voz de satisfação como a de quem acabou de dar uma pentada violenta.






Falava eu da Querência, certo? Querência é um sentimento puro, animal, incontrolável, pecaminoso e insensato.É concreto, concretíssimo. Tão concreto como o amor, mas é muito mais fácil de entender.






Querência é ...