domingo, 10 de julho de 2011

O título é Você

Finalmente, volto a encontrar com você.
Não caia, leitor, no lógico erro de perguntar " Quem é você?"
A pergunta certa é " O que é você?"

Você - sei que está sorrindo agora- é o encanto. A forte delicadeza que rompe com o tempo. As horas são segundos de outro século. Desse século que encenamos em ficção com a incerteza dos papéis e com a certeza da brincadeira.
Os dogmas de botequim não são imunes à sua naturalidade: o ser " frio e calculista" não condiz com a sua realidade. É impossível ser frio ao seu lado, mesmo tentando calcular tudo, sua fórmula é composta de inúmeras variáveis. O charme da incerteza. Tenho certeza que aquele que inventou a imensidão da areia da praia o fez pensando no tempo a ser gasto com você. Aquele que inventou o arpoador, o fez para contemplar a beleza dos seus cabelos negros ao vento frio que só o calor do homem aquece.
Que débil papel que faço agora tentando escrever descrevendo aquilo que não há e não pode haver palavras para enquadrar. Sorte - azar dos ingênuos - tenho eu em não descrever os sorrisos e olhares que a química dos alquimistas nos proporcionou.
Você, simples leitor, pode não entender o encanto.

Quero dedicar a você esse texto.

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