domingo, 12 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Morte do Poeta

Poeta é aquele que morre com a mentira no sangue.

Poesia é vida, vida dos sonhos.

Poeta é um mentiroso profissional,
honesto profissional.

Poesia é um mundo particular,
meu mundo particular.

Na morte do poeta,
choram as viúvas.
viúvas dos sonhos, do imaginário,
daquilo tudo que nunca foi real.

Na morte da poesia,
celebra-se a vida.
Vida Real.

Adeus, poeta. Adeus pro seu mundo ideal.

domingo, 28 de novembro de 2010

Omnibus

No pagode do downtown,
canta-se a nova canção;
ritmada no ônibus da vida,
protagonizada de AaZ
na moda da paixão.

Menina sem nome no ponto me espera,
me pega, me leva, me solta, me arrasta.
A cada freiada acelero em teu rumo.

Menina bonita o colégio te espera.
me deixa, menina, te ensinar o que a sala despreza!

Menino, safado, teu flerte desperta
me pega, me leva, me solta, me arrasta
a cada parada me aconchego em teu peito

Seu sorriso, menina, me expanta da Fera...

O sino apitou, o downtown chegou e o flerte acabou

e a história? Só começou.


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Perfume

Que bela e marcante mulher
que tem para si o perfume do mundo.
Maravilha de perfume.Perfume de mulher;

Inebriante, marcante
forjado nas pétalas de rosas vivas
e nos doces de bombons garato.

Perfume forte, aquecido pelo calor dos trópicos,
é tropicana, gostamos de seu sabor.
Caliente. Ardente.

Garota, pseudo doçura
descrita a risca nos romances de Sade.
Libido, desejo, passividade.

Cheiro que embebeda o desejo dos louros amantes,
investe de certeza o aroma
do mais sublime banquete
Dionisíaca, Baco, Bacante.

Fragância que convida
a gênese da vida.
detêm-se nos muros canhestros.
Insatisfeita menina, pudica?

Perfume que dá fome
TIC

Perfume que dá fome
TAC

domingo, 14 de novembro de 2010

Ele, o Tempo.

Era o Tempo do passado, hoje marginalizado, Tempo feliz, mas de saudades poucas.
Tempo de descobrir, proibido era esse Tempo, que Tempo gostoso.
Sonhava com o Tempo futuro, onde o nosso Tempo seria uno.
Primavera dos Tempos, dos encontros desencontrados, dos tempos até hoje relembrados.
Que Tempos, quase dourados.

Veio aquele que parecia o fim, o fim dos tempos !
Tempo que nos mostrou que nosso Tempo era separado,
Tempos passados estavam mortos e enterrados.
Feliz início para outros tempos, hoje ornados e statificados.

Ahh.. Tempos novos, novos e simultaneamente velhos, velhos tempos que hoje lembramos.
Lembramos sem vivê-los, afinal nunca o vivemos.
Tempos hoje sem nome! Inominável e curioso. Tempo apenas que nos dá certeza dos futuros tempos incertos.
Tempos diferentes, como sempre. Tempos parecidos, como sempre.

Esse texto é pra você e ao nosso amigo e, às vezes, inimigo Tempo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tempos Antigos

Serelepemente, tomamos o bonde para ir à Praça Afonso Pena caminharmos em uma bela manhã de domingo. Mal sabiam nossos pais que estávamos fugindo da chatérrima missa do Padre Antônio Vieira para namorarmos escondidos na tijuca.
Comíamos pipoca de mãos dadas, caminhávamos sem rumo pelas sombras da praça, nossa única preocupação palpável era não sermos acertados pelos balaços disparados pelos pequenos craques de rua. Bons tempos em que "balaços" e "Craque" ainda podiam ser usados na mesma frase sem despertar arrepios.Alimentávamos despreocupadamente entre risinhos bobos e apaixonados os pombos que lá habitavam. Tanto amor nós tínhamos que nem nojo dos ratos do ar nós sentíamos.

Fazia em ti e ao mesmo tempo em mim todos os carinhos do mundo, mas nem todos eram capazes de amenizar o meu ego por estar ao teu lado.

Sentávamos nos belos bancos verdes oliva e tal qual namorados, assistíamos as crianças brincarem de pique e eu galhofamente sussurrava em teu ouvido " Enquanto as crianças brincam de pique, nós jovens deveríamos estar brincando de pega."

Fugindo de seu tímido tapinha ruborizado, me levantava e trazia-a junto a mim para darmos mais uma volta pela Praça dos Amantes. Fazíamos planos nas nuvens cor de algodão enquanto comíamos doce de algodão rosa, rosa como a cor das maças de seu rosto corado pelo sol do meio dia.


Ahh doce e triste tempo! É hora de voltarmos, pegarmos o bonde para copacabana e só nos reencontrarmos nas intermináveis aulas de literatura do Ginásio Nacional. Ahh doce e cruel tempo, por que comportava-te assim? O tempo contigo deixava de ser um claustro e tornava-se um doce passa-tempo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Todo conto tem o seu fim!

Ouro e Verde já belos misturam-se com o rubro de suas meigas faces apaixonadas.

Oh! Beleza Jovem e ingênua.

Oh! Beleza Sincera e bela.


Ontem, fostes o forte outono que fez cair as antigas flores da minha história.

Vivemos juntos em um quadro de Dali, loucuras em nosso tempo com nosso tempo.

Falei o que nunca nenhum falou-lhe, fui o que todos os outros foram-lhe

Uma falsa hipérbole e personificação de um Príncipe do Mar.


Do mar, apenas banhei-me com as lágrimas delicadamente escorridas de suas esmeraldas marejadas.


Sou filho do Verão. Verão esse que me foi apresentado pelas morenas e loiras abelhas, amigas das flores, que com suas danças, charme e leveza conduziram ao quente caminho do pecado para sorver, sem culpa, o doce néctar ainda proibido.


Não conto com tuas penosas lágrimas ao término de cada tarde, pois não serão suficientes para refrescar-me do calor da minha favorita estação.


Não sou Príncipe, não sou Lorde, sou Macunaíma!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Querência

Não existe no dicionário! Mas, não existe apenas no dicionário. Não culpo os gramáticos, querência não se explica pelo tom frio de um verbete. Não podemos deixar que o crime cometido com algumas palavras como "sexo" repita-se. Ninguém usa mais sexo, ninguém faz mais sexo, nem seus avós. Culpa do dicionário.






Foda. Os dicionários mais "adolescentes" explicam com mortas palavras que Foda é um substantivo abstrato. Abstrato? Gramáticos são brochas.






Foder foi assassinado e virou coisa de gramático apenas.






Vamos torcer para que " Pentada Violenta" não siga o mesmo caminho e permaneça como um ato indescritível e de fácil(?) realização.






Estou esperando o dia em que o verbo comer terá duas definições, a do ato de alimentarmo-nos e a do ato de alimentarmo-nos. Minha sugestão é que para entender o parágrafo, leiam o segundo "alimentarmo-nos" com voz de satisfação como a de quem acabou de dar uma pentada violenta.






Falava eu da Querência, certo? Querência é um sentimento puro, animal, incontrolável, pecaminoso e insensato.É concreto, concretíssimo. Tão concreto como o amor, mas é muito mais fácil de entender.






Querência é ...









domingo, 17 de outubro de 2010

Cansaço

Estou cansado do falso moralismo dos envelhecidos hipócritas pais de família,




Estou cansado da classe média, em tudo medíocre, não saber se é Revolucionária ou Reacionária.


mas com certeza, sempre Retardatária.




Estou cansado de uma gente que transformou o necessário em algo supérfluo.

Estou cansado de uma sociedade onde o único caminho direito é fazer direito.



Estou cansado de ver meninas certinhas procurando os caras errados


Estou cansado de ser filinho de papai e falar de boca cheia.


Estou cansado,

Vou ser torto e fazer Letras.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Laranjeiras

Bairro doce, doce menina.



Provar do doce sabor de teus lábios tão desejados,


Cheirá-la e assim sentir a mais bela sinestesia que uma mulher pode prover;

lindo cheiro suave e gostoso.


Suave morena, alaranjada pelo fino toque do sol em sua macia pele. Desnudá-la seria tal qual tirar a casca de uma voluptuosa virgem laranja a espera do desfrute.


Colhê-la na hora certa é de suma importância! Pois, se ainda não está na hora, é de se amargar o pior dos resultados, o pior dos gostos amargos na boca de um homem.


Espero ter a habilidade nata, em talento e lábia, de um bom feirante. Assim sendo, não provarei de seu amargo sabor, apenas do bendito fruto.


Gostaria de dedicar esse texto a Pâmella que como eu goza dos prazeres de laranjeiras.

O Bebê Alado & A Coelhinha









Dedicado ao amor: essa coisa que se traveste de lobos, princesas, cupidos, coelhinhas, flores...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Lobo Rei & A Princesa Loura

- Sinto-me estranha!

- Estranha? Logo agora que não é mais uma estranha?

- Não sei o que é... Algo mudou, aquele desejo do novo, o hedonismo, o tesão puramente carnal dos bailes de carnaval passou, amor.

- Amor, amor?


O lobo fugiu da corte da vila para cassar. A loura saiu da corte da princesinha do mar para amar.”


Desejaram-se desde sempre, reprimidos pelas amarras de narizinho e pelos feitiços do bruxo de bigode.

- Ninguém no corredor! Bradava o Dementador.


Mas, o bonde da história nunca anda para trás. Arrasa o passado e liga-se o futuro. Forma-se a linha 415 e assim brada o cobrador:

-Tijuca, Centro e Copacabana! Quem vai?

Foram, foram juntos aos salões não muito animados dos bailes de D Pedro , lá ouviam as cantigas de amor do trovador vaticinador, até que o passado passou. E o futuro? Pegou o bonde, não pediu licença e entrou.


Enamorados safados, ex- namorado safado! Ao som da exaltação maníaca dos corpos curiosos, conjugaram-se nus de vergonha as margens da praia onde pela primeira vez botaram fogo nos seus desejos há muito ardentes.

Diziam que o show podia parar, mas não sabiam que o show deles estava para começar. Olhares tornaram-se toques, desejos metamorfizaram-se em beijos e as profecias, verdade.

sábado, 9 de outubro de 2010

Encantado

" Em ti, encontrei a minha fábula,
o meu conto de fada."
Princesa branca como a neve,
fina como a mais pura seda.
Reinas em Bangu,
abundas em bangu.
Há bunda em bangu.
3ª Imperatriz de D.Pedro!
Somos vossos vassalos gloriosos,
seus bastardos inglórios.
Pomo-nos em mesura em respeito ao seu direito divino,
quê traseiro divino!
Admirável monarquia, luís XIV inveja-a pelo público que assiste ao vosso desfile.
És Rainha, és bela!
Somos todos feras ao vosso lado.
Viva a monarquia! não queremos a república das medíocres.
Fostes enviada por Deus que não lhe corou com a coroa habitual,
Fostes marcada com o obelisco, um símbolo inabalável pelo tempo
Rico em abundância, quê abundância!
Permita-me ser seu Príncipe,
seu príncipe apaixonado,
seu Príncipe encantado.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Do prazer de estar com esses poetas profanos...

É com prazer que exponho aqui essa pequena homenagem aos meus colegas - um aquecimento para as futuras e, espero, mais "profanas" postagens.

Mauricio Einhorn

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O Fênix


Enraizado nas perdidas noites errantes da lapa, cravado no meio da suntuosa rua que em si carrega o peso da camara alta do brasil, está lá: vivo, pulgente, vulgar e vivaz. O Hotel Fênix.


Ritmado pela batida exótica, aquecido pelo calor dos corpos e vivo pela sede de prazer, a construção talvez classificada como brega, toma ares de opulência e libertinagem pois alimenta-se da seiva d`alma e do sêmem da vida.


Faz simplório o rito do renascer, faz humana a arte do viver. Tem-se o novo parto adulto banhado não mais pelo líquido maternal da placenta, faz-se o parto dos corpos vivos banhandos pelos líquidos das vicitudes do homem. Nós, homens, praticamnos a antropofagia, desafiamos a mitologfia, afrontamos Zeus nas suítes de hidromassagem e sauna seca.


Fênix é mimesis do Olimpo, onde Semi-Deuses, antes ninfas e mancebos, se reencontram nos rituais que reaproximam Deuses e homens, que fazem guerreiros e guerreiras unidos nas batalhas épicas onde não há vencidos e vencedores, apenas o fogo, o fogo da fênix.


Jovens Deuses, impetuodos e vaidosos, se lambem em labararedas espelhadas pelos reflexos das paredes que insuflam a vaidade e o desejo das guerras selvagens disputadas no ringue quadrado das camas mal limpas pelos anjos do gozo errante.


Árduos e exautos no seu passeio pelo Fênix, os guerreiros vencedores da disputa carnal, se banqueteiam não mais brindando com o fino vinho de Baco, o Fênix oferece cardápios com opções rápidas e preços acessíveis.


Que se faça das cinzas do passado errôneo, a chama da lascívia que impulsiona o voar nos céus místicos da transcendência do prazer não mais escondido e agora sim, liberto.


Motel Fênix

Rua do Senado, 189

Centro

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A amiga

Fostes minha amiga,
meu amor.
Mulher amada,
que não foi destino meu.
Quero escrever a você,
pois de você guardo boas e más lembranças sobre o meu passado,
aquele que nunca foi nosso.

Você me conheceu em plenitude,
pois te amei em plenitude.
Só você sabe das besteiras que falei.
pois só você testemunhou o bobo que fui

Você tem as minhas flores vermelhas, brancas e rosas,
pois fui o jardineiro da (falsa) esperança
Hoje, passado e presente se misturam em um híbrido de sentimentos
ontem os piores,
hoje os melhores.
Anteontem, o meu amor
ontem, o anti-herói da minha história
hoje, minha amiga.

Hoje, ao contrário de ontem,
não somos próximos

Hoje, ao contrário de ontem,
somos mais próximos.

Sempre quis te falar tudo,
mas nunca consegui dizer nada
sempre quis de dar tudo
quando na verdade,
nunca te dei nada.

Hoje, te dou o que tenho
Hoje, te peço o que você têm
Hoje, você me dá o que eu quero
Hoje, eu tenho o que eu quero.

Passado e presente se misturam
Passado e presente é o que eu quero
Passado e presnete é o que eu tenho

Você viveu e morreu no meu passado,
você é personagem do meu presente,
a incógnita do meu futuro.

A carta que eu nunca mandei pra você.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Rito

As luzes estão azuis, o palco está enevoado. No centro está o casal principal, futura sacerdotisa e futuro sacerdote ambos de branco e ornados de ouro. Ao redor deles no centro do palco estão os sacerdotes mais velhos, vestidos de túnicas escuras e observando o jovem casal. A música é calma. Abrem-se as cortinas. A jovem ninfa pergunta:

- O que você faria se eu dissesse que quero te dar agora?

Os experientes sacerdotes se olham com aquiescência e se retiram do palco. Novos jorros de fumaça inundam o palco, a luz torna-se vermelho vivo. Entram no fundo do palco jovens ninfas que junto da música começam a dançar; dá-se inicio ao rito.

Assim, começa a coreografia de Dionísio. A ninfa e o mancebo deitam-se em lençóis por hora brancos e dançam o ritual dos corpos sedentos, o ritual de querência mútua, o ritual da carne. Encenam com maestria e perfeição a mais bela ode a Baco, um hino a Dionísio.
Amor e ódio, desejo e proibição, lascívia e timidez são os ingredientes para a química do amor simplório, fundindo-se com perfeição na mais bela antítese da vida humana.
Suor e lágrimas, dor e prazer são os compassos da partitura que reje os principiantes amantes enlaçados no fascínio que é a satisfação do apetite vivaz e virginal. Elementos que geram a sinestesia entre corpos e almas.
O rito vai dando certos, os passos antes inseguros já são dados com a firmeza e a vontade necessárias. O climax é eminente, os amantes já banhados pelo único e puro líquido da virgindade feminina se preparam para o momento mais belo, o momento de confirmação de suas escolhas, o encontro com Dionísio onde deixam se serem ninfas e mancebos e tornam-se sacerdotisas e sacerdotes da mais bela e antiga arte da vida. Venha Dionísio! Venha o prazer! Venha o gozo! Venha a confirmação!

As luzes vão enfraquecendo, os amantes dançam em compassos mais lentos e cansados, as ninfas bailarinas interrompem a coreografia de fundo. Os amantes se desentrelassam ao ritmo da respiração animal. A luz apaga e aos poucos retorna, dessa vez ela volta a ser azul. O casal encontra-se nu, deitado e coberto sob lençóis não mais brancos, mas sim vermelhos.

A expressão é de contentamento, os novos sacerdotes trocam tímidas carícias, mal se conhecem! Se locupletam em desejo, mas não comungaram em alma.São amantes sinceros, amantes da dança, amantes do momento.
Vencidas as barreiras do tempo, do medo e da fama, os belos amantes se levantam nus, visivelmente exaustos, e caminham para o fundo do altar de Baco.
São únicos um para o outro, serão eternos em lembranças. Passado e dado o primeiro passo, estão prontos para dançarem como novos pares, ou com vários parceiros, estão prontos para praticarem o culto ao corpo em novos tempos e em outros templos.

Ao chegar ao fundo do palco, os sacerdotes iniciados se despedem, cada um escolheu para si uma direção. Após um rápido e tímido beijo, cada um segue o seu caminho ao som de uma música alegre e vivaz, deixando claro que é o fim da peça, mas também o início da vida.

Fecham-se as cortinas

domingo, 22 de agosto de 2010

A Loura

Linda Loura, queria eu gozar de sua Juventude Sincera, sinceridade essa que com seu lânguido e meigo sorriso me mostrou que o paraíso nunca foi aqui.
Jovem Surpresa foi você para mim, me conquistaste com suas tímidas palavras que contrastavam com suas estonteantes curvas desenhadas pelo mais talentoso ourives da corte da Princesinha do Mar. Contraste esse, entre corpo e alma que formavam na terra e se personificavam em você como o mais belo paradoxo antes nunca visto pelo homem.
Queria eu que você, linda loura, fosse meu par nas doces danças de celebração a Baco.
Queria eu que dançássemos a dança dos loucos e desvairados, tendo como única música o som de nossos corpos calados.
Queria eu que em nosso carnaval fôssemos como mestre sala e porta bandeira de nosso desejo sincero.
Queria eu que fôssemos amantes e em nossos lençóis pretos e vermelhos, desfrutássemos de nosso presente e esquecêssemos de nosso passado e futuro.
Você, Loura, é a Imperatriz dos meus sonhos e a atriz principal dos meus desejos, a morte do meu passado e a Flor do meu futuro.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

República do Bar das Putas !

Quero aqui falar do Bar das Putas ou Bar das Primas ou simplesmente o BDP

Não quero analisar o nome, nem as analogias maldosas que eles acarretam.Quero analisar seu ambiente, o mais democrático Bar do Rio de Janeiro.
Nele sem frescuras convivem a classe, o garbo e a elegância dos poetas mais finos até a prosmiscuidade e lascívia das porstitutas errantes que fazem por ali seu ponto, e assim batizam o bucólico bar.
É nas cervejas quentes e em seus copos de higiene duvidosa que se travam os mais belos debates sobre: literatura, orgias alheias, política, crimes passionais e história.
Deveria todo frequentador das esquinas da praça tiradentes ser blindado de imunidade parlamentar, presenteado com um gabiente nos cabeças de porco dos arredores e contratar para o seu bel prazer as meretrizes que lá labutam!
Daríamos a palavra a cada orador, que embebecido pelo soro da verdade, iria narrar as comédias da vida privada, so som de vaias e aplausos emitidos pela beleza popular.Tal ambiente teria em si a intrínseca relação dos anais e dos anus da história coletiva brasileira.
Seria um parlamento livre dos coronéis, livre dos politiqueiros da falsa esquerda e cercada e entumecida do verdadeiro tipo humano que nos interessa: o ser humano real, aquele que existe e nao anda de terno e gravata, mas sim com o uniforme do povo.
Cansado da política atual, mas cheio de esperança pela utopia que o BDP me acalenta, eu vou logo avisando aos oligarcas de plantão, eles que se preparem! Estamos cansados dessa Velha Nova República!
Aguardem não mais o grito do Ipiranga, mas sim o tilintar dos copos de itaipava que usaremos para comemorar a República do BDP, pois tenho tenho certeza que república mais democrática não há!

sábado, 10 de julho de 2010

Meu dia de Doutor

Estava eu sentado em um dos bancos da boa Praça Afonso Pena, um canto de Paris no Rio, quando ao meu lado senta-se um homem bem vestido visvelmente transtornado, ombros encurvados, expressão pálida e com um irreconhecível cigarro hollywood vermelho já pela metade.Me demorei observando aquele tipo humano. Ele olhou pra mim, meio tímido, procurando palavras...
- Com licença, mas Você é o amigo do Doutor ? ( pscicólogo e filósofo de butequim de renome internacional e antigo personagem do livrepub.)
-Sim, sou sim. Mas infelizmente ele se aposentou, esta em Itapuã com uma bela loiraça que ele conheceu em uma de suas consultas.Agora ele só escreve poesias e críticas sobre o cotidiano da vida moderna.
-Eu precisava da ajuda dele.Mas, quem sabe você não pode me ajudar? Eu preciso de alguém que me oriente! Você pode perceber, eu não estou lá muito bem, ando angustiado, vivo pelos cantos, não sou nem sombra do meu eu antigo, estou praticamente irreconhecível.As piadas acabaram, o amor acabou e tudo por caulpa daquela mulher...Vou te contar a história, eu era apaixonado, foram momentos lindíssimos.Tenho certeza que ela é o amor da minha vida, a mulher que apesar de tudo ainda quero pra mim, quero fazê-la feliz porque assim serei feliz.Não vivo mais a minha vida, estou a um ano apenas procurando saber o que ela faz, com quem ela sai, quem ela se relaciona, cada dia é um tortura diferente! Ela me trocou por outro, um babaca qualquer, será que só ela não vê isso? Eu preciso saber, como tê-la de novo!
A história, contada com a emoção que apenas quem viveu sabe foi comovente, ouvia a tudo observando a praça, as pessoas e a vida de quem não parecia ter problemas. Não pude me furtar em dar a minha opinião, claro que sem a mesma elegância, classe e garbo que o Doutor fazia, como sabem seus leitores.
-Rapaz, eu nem te conheço mas a resposta está aqui na sua frente, na bela Afonso Pena.A resposta está na vida.A história que você teve acabou e você continua preso a ela, pelos seus motivos claro.Mas olhe as crianças brincando, os velhos jogando biriba, os namorados safados.Tods tem problemas, cada com os seus, mas independente disso estão ai, vivendo, aproveitando a vida.O que você teve, foi bonito, viveu o seu momento.Se apaixonar é muito bom? com certeza! Se apaixone, façam com que se apaixonem você, faça alguém feliz que é a coisa mais gratificante do mundo.A história serve para entender o mundo em que vivemos hoje e as pessoas que somos no presente, mas uma coisa você não está entenddendo, a vida não para! Guarde as suas boas lembranças, com carinho e com respeito, mas construa novas.
Viva e deixe viver!
Fim

sábado, 19 de junho de 2010

Romantismo


Eu tinha nojo do romantismo.Meu pai queria me comprar um romance há anos atrás, eu dizia que não, achava aquilo tudo uma baboseira, uma grande mentira que as pessoas interpretavam pra dar mais intensidade a uma vida sem graça.

Além da minha ignorancia literária, eu demonstrava certa "superioridade", sabia que o final feliz era unica e exclusivamente propriedade dos livros e que na vida real, bem o buraco era mais embaixo.

Hoje eu posso dizer sem vergonha que sou um Romântico e com "R" maisculo.Tenho meu romantismo próprio, "a la Perez" digmos assim!

Sou romântico pela vida em si, acho que a minha adolescência ao som da bossa nova contribuiu muito para essa minha metamorfose de pequeno revoltado para um romântico apaixonado pela vida.

Meu romatisco é básico, quero levar a vida sem encrencas e conflitos desnecessários, dou liberdade a todos os meus sentimentos, mas com o tempo vou esquecendo os ruins, afinal não quero nada além do cigarro me envenenando! Romantismo a la Perez é quase um sinônimo e respeito pelas mulheres, sou um apaixonado pela ato de me apaixonar.

"Apaixonado pelo ato de me apaixonar". É bobo, mas é verdade. Desde sempre eu procuro por algo assim: uma história com sentimento, proibição e desejo. A vida tem mais graça quando é intensa, a vida tem mais gosto quando é saboreada e tudo tem mais valor quando é mais dificil.

Sou um insano pela conquista, um exagerado infantil em alguns momentos , mas sempre humilde em reconhecer o meu erro e pedir desculpas.

Continuo apostando que o final feliz é propriedade inalienável dos livros, mas sei que quando uma história chega ao fim, basta virar a página e começar a escrever outra, mesmo que com letras canhestaras em linhas tortas.Estamos sempre prontos para um novo começo, em outra livro com novos capítulos.

Flores, carinho, atenção e afeto! É quase a receita para ser feliz, adicione-se a isso algum tempero referente ao libido e voialá temos na forma alguma história para contar.

Sei que isso é diferente, incomum para aqueles que gostam de eufemismos, mas não tenho vergonha de ser como sou e sei que da minha maneira estou certo! Tentar ser outra coisa, interpretar personagens estranhos a mim já foi uma opção, mas vi que não nasci para atuar.Tenho a minha marca e vou trabalha-la para sempre aperfeiçoa-la.

Tenho nas palavras uma arma forte e nas atitudes alguns defeitos, mas também não dava para ser perfeito, mas sempre dá para buscarmos a perfeição.

Tudo passa, menos a verdadeira beleza.A verdadeira beleza da natureza, nascer no rio de janeiro e ser carioca já é um grande privilégio.A verdadeira beleza do significado de um objeto, seja uma carta, um presente barato ou qualquer coisa do gênero. A verdadeira beleza das pessoas, aquelas que você só vê quando olha nos olhos de alguém.

Ofereço uma rosa, síntese da minha paixão pela vida, a todos que são meus amigos, meus amores, meus ex amores e aquelas que serão meus amores.Pois confio que na rosa, mesmo com os seus feios espinhos está a verdadeira beleza da vida.Vida essa que é pra valer que é pra levar como dizia Viníciuis de Moraes.Saravá!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Clima de Copa


Ela acordou já pensando que era dia da estréia do Brasil na copa do mundo.Era disso que precisava, seu namoro já não estava muito bem e estar com os amigos mais velhos de sua irmã ajudaria a passar o tempo.Ela adorava copa do mundo, não entendia nada de futebol, mas como todo brasileiro, a cada quatro anos se sente técnica da seleção e já mostrava preucupação com recente contusão do goleiro Júlio Cesar.Seria um bom dia, tinha certeza.
Ele acordou preucapado, estava desconfortável com as constantes brigas com a namorada, queria um jeito para resolver de uma vez os problemas, queria que as coisas voltassem a ser como antes.Nem lembrou que era terça, dia de Brasil e Coréia, mas quando lembrou sentiu aquela pontada no estômago conhecida por todos, o ciumés.Ciumes de que, meu Deus? perguntava ele enquanto tomava café da manhã, afinal é minha namorada de anos, não posso duvidar dela, se ela prefere ver o jogo com a irmã e os amigos melhor assim.Tenho que confiar nela, aproveitando essa época ufanisma vou comprar um ursinho na cor do brasil e dar pra ela, tenho certeza que tudo vai se resolver.
O outro acordou ansisoso afinal era dia de ser Brasileiro, preparar os pulmões para soprar as vuvuzelas por noventa minutos e xingar o péssimo técnico Dunga, afinal se o Brasil não for campeão a culpa será dele. Quem mais proibiria sexo?! Isso só reforçava que gaucho é tudo viado.Ainda tinha outro bom problema a ser resolvido, em cliama de copa não faltam convites para assistir os jogos, o outro estava em dúvida entre asssitir o jogo na casa do betão ou ir para a casa da Marina, sua colega de faculdade.
A casa da Marina é perfeita: Grande, exótica, confortável e com muitos quartos livres.O jogo já estava quase começando quando Ela chegou acompanhada da irmã, assim que viu o Outro confortavelmente jogado sobre uma almofada se sentiu tentada a sentar perto, afinal qual o mal de conversar com outro garoto, namorar é um saco, pensou Ela enquanto já trocava olhares com o Outro.
O Outro já sabia que Ela estava na dele, sentiu pelo sorriso com malícia, afinal mulher é um bicho fácil de ser decifrado, ainda mais quanto vista de um ponto de vista racional: como um objeto, uma presa.
Ela sentou do lado do Outro e a conversa fluiu previsivelmente como o esperado, chata e recheada de indiretas que funcionaram melhor que qualquer soco direto do maguila, derrubou-a de vez, já estava jogada na lona, só faltava o golpe final.
Ele não conseguia se concentrar no jogo, falou com Ela antes de sair de casa e Ela continuou fria, adiando o encontro deles para o dia seguinte.Definitivamente as coisas mudaram, mas aquela mulher era especial, não desistiria fácil, devia ser só um momento de confusão, como tantos outros.
Intervalo, o jogo estava chato, zero a zero.Placar que incomodava tanto a seleção como quanto ao outro, que já estava fazendo de tudo para tirá-la da sala e levá-la para um dos quartos vazios da perfeita cada da marina! Vencida pela força de seus argumentos, que coincidiram com o momento que o Outro tirou a camisa, eles foram para o quaro para Ela poder explixar o por que de não trair o namorado.Entre a segunda e quarta palavras que o Outro nem prestou atenção, eles já estavam rolando pelo chão de carpete falso.
GOOOOOOOLLL!!! o gol foi comemorado das mais variadas formas: o grito de uns, o gozo de outros e pelo leve sorriso desanimado d`ele.
Antes de dormir, o Outro estava pensando que adorava a copa do mundo e a irmã safada da Letícia.Ele estava rolando na cama pensando onde ele deveria ter errado.Ela não estava pensando em nada, afinal amanhã tem aula! A única certeza que ela tinha, comprovada pelo empirismo é que tudo que é proibido, com certeza é mais gostoso

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Anos Dourados


Se tivesse que escolher um ano como ano dourado do Colégio Pedro II, eu escolheria o ano de 2008! Coincidência ou não, 40 anos depois de 68! Em comum, nós esperimentamos: a liberdade, o amor, a rebeldia, a democracia, o hedonismo e principalmente a síntese daquele ano, a amizade.
Amigos vêm e vão e com os de 2008 não seria diferente. O clima era especial, propício a união estávamos em turmas novas com velhos conhecidos, estávamos recebendo alunos transferidos de outras unidades trazendo com eles o charme e um tempero a mais para tornar 2008 um ano inesquecível.
Talvez eu fosse um dos poucos que destoasse desse conjunto, eu fui pra uma turma sem identificação alguma comigo, era tão arrogante e vaidoso que deixava o Fernando Henrique no chão, mas nesse contexto fiz um grupo de verdadeiros amigos naquela sala, o quadrado do fundo da sala foi lindo enquanto durou. E os que infelimente estavam "daqui pra lá" que me perdoem, mas o idiota era eu.
Os amigos se multiplicavam, assim como alguns saudosos problemas! Os inimigos a época, hoje são amigos de beber junto ( garçon, a cerveja por favor), mostrando que até os problemas ficaram para trás, mas eles que me desculpem, lembrar do primeiro ano é lembrar que vivíamos em um contexto de guerra fria! Vou explicá-la..
Estávamos em clima de futebol, afirmo que era mais emocionate que copa do mundo, nós do primeiro ano éramos Piriguete e CP créu! Rosa, preto e laranja eram as cores de nossos corações!
Mas o que o futebol tem relação com a "Guerra Fria"? Tudo, que meninas não querem pegar jogadores de futebol, ainda mais os símbolos de uma série? Está montado o palco para o conflito.Entre mortos e feridos, todos sairam ganhando, a única guerra que o final foi feliz para todos, coisa de anos dourados.
Nesse ano, apareceu aquele que pra mim é mais um dos símbolos de 2008: " A casa do Luis".
Desculpem a arrogância, mas não existem palavras pra descrever o que era estar na casa do luis.Ali esperimentávamos a liberdade, coisa perigosa para se dar na mão de adolescentes, ali tínhamos tudo que precisávamos, amigos, bebidas, televisão, dvd e principalmente, tinhamos o Luis como anfitrião, a pessoa que sabe fazer com que todos se sintam em casa na casa dele.
Eu descobri o arpoador no primeiro ano, junto com ele descobri o porre também! o The circle, circulo de confiança, estava em pleno vapor, íamos pra conversar, íamos para compartilhar o que descobríamos da vida, íamos para descobrir coisas novas da vida ( e viva o porre!).Hoje, o arpoador pra mim, nada mais é do que uma lembrança, ir lá hoje em dia é quase frustrante, mas sempre muito prazeroso,ando muito saudosista.
Pra mim, 2008 é ano de eleição para diretor geral do CPII, ano onde eu tomei a dimensão do que é o Colégio Pedro II, a sua importância e valor para todos que compõe a sua comunidade. Mais importante do que o resultado da eleição foi a experiência ( e claro, ser o queridinho da Vera), o debate político, a experiência de gremio. Os derrotados que me desculpem, mas ganhar é muito bom!
Diversão é uma palavra chave, nos divertíamos até voltando para a casa.A "escadinha" eu pouco participei, mas das vezes que fui nunca ri tanto qanto naquela escada do metro, voltar num metro ao melhor estilo navio negreiro valia a pena por estar com vocês.Hoje, se voltássemos para aquela escada a nossa maior diversão seria disputar quem ia jogar o outro mais rápido escada a baixo. Infelizmente.
Assim como Brasília foi a meta síntese para juscelino, pra mim a síntese de 2008 foi Paraty. Mais especificamente o " Quarto 50 e seus fechamentos".Paraty é recheada de lembranças, de situações inesquecíveis, de madrugadas em branco, paulistas assanhadas, foras históricos, troféus simbólicos, professores inesquecíveis e do que eu considero um clima de amor. O Quarto 50 & Paraty é inesquecível, é lindo é 2008.
Nesse ano, eu me embebedei de amor e vomitei ressentimento.Aquela arrogância toda era uma máscara, uma forma de esconder medos, inseguranças e sentimentos.Por isso você Pâm tem a sua importância! Ainda bem que nós não ficamos, eu quebrei toda aquela máscara e fui pro humaitá descobrir quem eu realmente era, me apaixonei por mim e descobri que é na unidade centro, com todos os meus probelamas passados e presentes que eu tenho a minha história, onde o meu nome tem significadoe onde os meus amigos e os meus colegas estão.
É pensando nos meus amigos, os de ontem e os de hoje que eu escrevi essa ode a 2008 e termino com um misto de felicidade e tristeza. Todos foram especiais pra mim, uns mais marcantes que outros, mas todos vocês são insubstituíveis na minha história e eu na de vocês.
2008 é o ano que eu quero me lembrar e contar pros meus filhos e vocês?