terça-feira, 15 de junho de 2010

Clima de Copa


Ela acordou já pensando que era dia da estréia do Brasil na copa do mundo.Era disso que precisava, seu namoro já não estava muito bem e estar com os amigos mais velhos de sua irmã ajudaria a passar o tempo.Ela adorava copa do mundo, não entendia nada de futebol, mas como todo brasileiro, a cada quatro anos se sente técnica da seleção e já mostrava preucupação com recente contusão do goleiro Júlio Cesar.Seria um bom dia, tinha certeza.
Ele acordou preucapado, estava desconfortável com as constantes brigas com a namorada, queria um jeito para resolver de uma vez os problemas, queria que as coisas voltassem a ser como antes.Nem lembrou que era terça, dia de Brasil e Coréia, mas quando lembrou sentiu aquela pontada no estômago conhecida por todos, o ciumés.Ciumes de que, meu Deus? perguntava ele enquanto tomava café da manhã, afinal é minha namorada de anos, não posso duvidar dela, se ela prefere ver o jogo com a irmã e os amigos melhor assim.Tenho que confiar nela, aproveitando essa época ufanisma vou comprar um ursinho na cor do brasil e dar pra ela, tenho certeza que tudo vai se resolver.
O outro acordou ansisoso afinal era dia de ser Brasileiro, preparar os pulmões para soprar as vuvuzelas por noventa minutos e xingar o péssimo técnico Dunga, afinal se o Brasil não for campeão a culpa será dele. Quem mais proibiria sexo?! Isso só reforçava que gaucho é tudo viado.Ainda tinha outro bom problema a ser resolvido, em cliama de copa não faltam convites para assistir os jogos, o outro estava em dúvida entre asssitir o jogo na casa do betão ou ir para a casa da Marina, sua colega de faculdade.
A casa da Marina é perfeita: Grande, exótica, confortável e com muitos quartos livres.O jogo já estava quase começando quando Ela chegou acompanhada da irmã, assim que viu o Outro confortavelmente jogado sobre uma almofada se sentiu tentada a sentar perto, afinal qual o mal de conversar com outro garoto, namorar é um saco, pensou Ela enquanto já trocava olhares com o Outro.
O Outro já sabia que Ela estava na dele, sentiu pelo sorriso com malícia, afinal mulher é um bicho fácil de ser decifrado, ainda mais quanto vista de um ponto de vista racional: como um objeto, uma presa.
Ela sentou do lado do Outro e a conversa fluiu previsivelmente como o esperado, chata e recheada de indiretas que funcionaram melhor que qualquer soco direto do maguila, derrubou-a de vez, já estava jogada na lona, só faltava o golpe final.
Ele não conseguia se concentrar no jogo, falou com Ela antes de sair de casa e Ela continuou fria, adiando o encontro deles para o dia seguinte.Definitivamente as coisas mudaram, mas aquela mulher era especial, não desistiria fácil, devia ser só um momento de confusão, como tantos outros.
Intervalo, o jogo estava chato, zero a zero.Placar que incomodava tanto a seleção como quanto ao outro, que já estava fazendo de tudo para tirá-la da sala e levá-la para um dos quartos vazios da perfeita cada da marina! Vencida pela força de seus argumentos, que coincidiram com o momento que o Outro tirou a camisa, eles foram para o quaro para Ela poder explixar o por que de não trair o namorado.Entre a segunda e quarta palavras que o Outro nem prestou atenção, eles já estavam rolando pelo chão de carpete falso.
GOOOOOOOLLL!!! o gol foi comemorado das mais variadas formas: o grito de uns, o gozo de outros e pelo leve sorriso desanimado d`ele.
Antes de dormir, o Outro estava pensando que adorava a copa do mundo e a irmã safada da Letícia.Ele estava rolando na cama pensando onde ele deveria ter errado.Ela não estava pensando em nada, afinal amanhã tem aula! A única certeza que ela tinha, comprovada pelo empirismo é que tudo que é proibido, com certeza é mais gostoso

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