domingo, 22 de agosto de 2010

A Loura

Linda Loura, queria eu gozar de sua Juventude Sincera, sinceridade essa que com seu lânguido e meigo sorriso me mostrou que o paraíso nunca foi aqui.
Jovem Surpresa foi você para mim, me conquistaste com suas tímidas palavras que contrastavam com suas estonteantes curvas desenhadas pelo mais talentoso ourives da corte da Princesinha do Mar. Contraste esse, entre corpo e alma que formavam na terra e se personificavam em você como o mais belo paradoxo antes nunca visto pelo homem.
Queria eu que você, linda loura, fosse meu par nas doces danças de celebração a Baco.
Queria eu que dançássemos a dança dos loucos e desvairados, tendo como única música o som de nossos corpos calados.
Queria eu que em nosso carnaval fôssemos como mestre sala e porta bandeira de nosso desejo sincero.
Queria eu que fôssemos amantes e em nossos lençóis pretos e vermelhos, desfrutássemos de nosso presente e esquecêssemos de nosso passado e futuro.
Você, Loura, é a Imperatriz dos meus sonhos e a atriz principal dos meus desejos, a morte do meu passado e a Flor do meu futuro.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

República do Bar das Putas !

Quero aqui falar do Bar das Putas ou Bar das Primas ou simplesmente o BDP

Não quero analisar o nome, nem as analogias maldosas que eles acarretam.Quero analisar seu ambiente, o mais democrático Bar do Rio de Janeiro.
Nele sem frescuras convivem a classe, o garbo e a elegância dos poetas mais finos até a prosmiscuidade e lascívia das porstitutas errantes que fazem por ali seu ponto, e assim batizam o bucólico bar.
É nas cervejas quentes e em seus copos de higiene duvidosa que se travam os mais belos debates sobre: literatura, orgias alheias, política, crimes passionais e história.
Deveria todo frequentador das esquinas da praça tiradentes ser blindado de imunidade parlamentar, presenteado com um gabiente nos cabeças de porco dos arredores e contratar para o seu bel prazer as meretrizes que lá labutam!
Daríamos a palavra a cada orador, que embebecido pelo soro da verdade, iria narrar as comédias da vida privada, so som de vaias e aplausos emitidos pela beleza popular.Tal ambiente teria em si a intrínseca relação dos anais e dos anus da história coletiva brasileira.
Seria um parlamento livre dos coronéis, livre dos politiqueiros da falsa esquerda e cercada e entumecida do verdadeiro tipo humano que nos interessa: o ser humano real, aquele que existe e nao anda de terno e gravata, mas sim com o uniforme do povo.
Cansado da política atual, mas cheio de esperança pela utopia que o BDP me acalenta, eu vou logo avisando aos oligarcas de plantão, eles que se preparem! Estamos cansados dessa Velha Nova República!
Aguardem não mais o grito do Ipiranga, mas sim o tilintar dos copos de itaipava que usaremos para comemorar a República do BDP, pois tenho tenho certeza que república mais democrática não há!

sábado, 10 de julho de 2010

Meu dia de Doutor

Estava eu sentado em um dos bancos da boa Praça Afonso Pena, um canto de Paris no Rio, quando ao meu lado senta-se um homem bem vestido visvelmente transtornado, ombros encurvados, expressão pálida e com um irreconhecível cigarro hollywood vermelho já pela metade.Me demorei observando aquele tipo humano. Ele olhou pra mim, meio tímido, procurando palavras...
- Com licença, mas Você é o amigo do Doutor ? ( pscicólogo e filósofo de butequim de renome internacional e antigo personagem do livrepub.)
-Sim, sou sim. Mas infelizmente ele se aposentou, esta em Itapuã com uma bela loiraça que ele conheceu em uma de suas consultas.Agora ele só escreve poesias e críticas sobre o cotidiano da vida moderna.
-Eu precisava da ajuda dele.Mas, quem sabe você não pode me ajudar? Eu preciso de alguém que me oriente! Você pode perceber, eu não estou lá muito bem, ando angustiado, vivo pelos cantos, não sou nem sombra do meu eu antigo, estou praticamente irreconhecível.As piadas acabaram, o amor acabou e tudo por caulpa daquela mulher...Vou te contar a história, eu era apaixonado, foram momentos lindíssimos.Tenho certeza que ela é o amor da minha vida, a mulher que apesar de tudo ainda quero pra mim, quero fazê-la feliz porque assim serei feliz.Não vivo mais a minha vida, estou a um ano apenas procurando saber o que ela faz, com quem ela sai, quem ela se relaciona, cada dia é um tortura diferente! Ela me trocou por outro, um babaca qualquer, será que só ela não vê isso? Eu preciso saber, como tê-la de novo!
A história, contada com a emoção que apenas quem viveu sabe foi comovente, ouvia a tudo observando a praça, as pessoas e a vida de quem não parecia ter problemas. Não pude me furtar em dar a minha opinião, claro que sem a mesma elegância, classe e garbo que o Doutor fazia, como sabem seus leitores.
-Rapaz, eu nem te conheço mas a resposta está aqui na sua frente, na bela Afonso Pena.A resposta está na vida.A história que você teve acabou e você continua preso a ela, pelos seus motivos claro.Mas olhe as crianças brincando, os velhos jogando biriba, os namorados safados.Tods tem problemas, cada com os seus, mas independente disso estão ai, vivendo, aproveitando a vida.O que você teve, foi bonito, viveu o seu momento.Se apaixonar é muito bom? com certeza! Se apaixone, façam com que se apaixonem você, faça alguém feliz que é a coisa mais gratificante do mundo.A história serve para entender o mundo em que vivemos hoje e as pessoas que somos no presente, mas uma coisa você não está entenddendo, a vida não para! Guarde as suas boas lembranças, com carinho e com respeito, mas construa novas.
Viva e deixe viver!
Fim

sábado, 19 de junho de 2010

Romantismo


Eu tinha nojo do romantismo.Meu pai queria me comprar um romance há anos atrás, eu dizia que não, achava aquilo tudo uma baboseira, uma grande mentira que as pessoas interpretavam pra dar mais intensidade a uma vida sem graça.

Além da minha ignorancia literária, eu demonstrava certa "superioridade", sabia que o final feliz era unica e exclusivamente propriedade dos livros e que na vida real, bem o buraco era mais embaixo.

Hoje eu posso dizer sem vergonha que sou um Romântico e com "R" maisculo.Tenho meu romantismo próprio, "a la Perez" digmos assim!

Sou romântico pela vida em si, acho que a minha adolescência ao som da bossa nova contribuiu muito para essa minha metamorfose de pequeno revoltado para um romântico apaixonado pela vida.

Meu romatisco é básico, quero levar a vida sem encrencas e conflitos desnecessários, dou liberdade a todos os meus sentimentos, mas com o tempo vou esquecendo os ruins, afinal não quero nada além do cigarro me envenenando! Romantismo a la Perez é quase um sinônimo e respeito pelas mulheres, sou um apaixonado pela ato de me apaixonar.

"Apaixonado pelo ato de me apaixonar". É bobo, mas é verdade. Desde sempre eu procuro por algo assim: uma história com sentimento, proibição e desejo. A vida tem mais graça quando é intensa, a vida tem mais gosto quando é saboreada e tudo tem mais valor quando é mais dificil.

Sou um insano pela conquista, um exagerado infantil em alguns momentos , mas sempre humilde em reconhecer o meu erro e pedir desculpas.

Continuo apostando que o final feliz é propriedade inalienável dos livros, mas sei que quando uma história chega ao fim, basta virar a página e começar a escrever outra, mesmo que com letras canhestaras em linhas tortas.Estamos sempre prontos para um novo começo, em outra livro com novos capítulos.

Flores, carinho, atenção e afeto! É quase a receita para ser feliz, adicione-se a isso algum tempero referente ao libido e voialá temos na forma alguma história para contar.

Sei que isso é diferente, incomum para aqueles que gostam de eufemismos, mas não tenho vergonha de ser como sou e sei que da minha maneira estou certo! Tentar ser outra coisa, interpretar personagens estranhos a mim já foi uma opção, mas vi que não nasci para atuar.Tenho a minha marca e vou trabalha-la para sempre aperfeiçoa-la.

Tenho nas palavras uma arma forte e nas atitudes alguns defeitos, mas também não dava para ser perfeito, mas sempre dá para buscarmos a perfeição.

Tudo passa, menos a verdadeira beleza.A verdadeira beleza da natureza, nascer no rio de janeiro e ser carioca já é um grande privilégio.A verdadeira beleza do significado de um objeto, seja uma carta, um presente barato ou qualquer coisa do gênero. A verdadeira beleza das pessoas, aquelas que você só vê quando olha nos olhos de alguém.

Ofereço uma rosa, síntese da minha paixão pela vida, a todos que são meus amigos, meus amores, meus ex amores e aquelas que serão meus amores.Pois confio que na rosa, mesmo com os seus feios espinhos está a verdadeira beleza da vida.Vida essa que é pra valer que é pra levar como dizia Viníciuis de Moraes.Saravá!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Clima de Copa


Ela acordou já pensando que era dia da estréia do Brasil na copa do mundo.Era disso que precisava, seu namoro já não estava muito bem e estar com os amigos mais velhos de sua irmã ajudaria a passar o tempo.Ela adorava copa do mundo, não entendia nada de futebol, mas como todo brasileiro, a cada quatro anos se sente técnica da seleção e já mostrava preucupação com recente contusão do goleiro Júlio Cesar.Seria um bom dia, tinha certeza.
Ele acordou preucapado, estava desconfortável com as constantes brigas com a namorada, queria um jeito para resolver de uma vez os problemas, queria que as coisas voltassem a ser como antes.Nem lembrou que era terça, dia de Brasil e Coréia, mas quando lembrou sentiu aquela pontada no estômago conhecida por todos, o ciumés.Ciumes de que, meu Deus? perguntava ele enquanto tomava café da manhã, afinal é minha namorada de anos, não posso duvidar dela, se ela prefere ver o jogo com a irmã e os amigos melhor assim.Tenho que confiar nela, aproveitando essa época ufanisma vou comprar um ursinho na cor do brasil e dar pra ela, tenho certeza que tudo vai se resolver.
O outro acordou ansisoso afinal era dia de ser Brasileiro, preparar os pulmões para soprar as vuvuzelas por noventa minutos e xingar o péssimo técnico Dunga, afinal se o Brasil não for campeão a culpa será dele. Quem mais proibiria sexo?! Isso só reforçava que gaucho é tudo viado.Ainda tinha outro bom problema a ser resolvido, em cliama de copa não faltam convites para assistir os jogos, o outro estava em dúvida entre asssitir o jogo na casa do betão ou ir para a casa da Marina, sua colega de faculdade.
A casa da Marina é perfeita: Grande, exótica, confortável e com muitos quartos livres.O jogo já estava quase começando quando Ela chegou acompanhada da irmã, assim que viu o Outro confortavelmente jogado sobre uma almofada se sentiu tentada a sentar perto, afinal qual o mal de conversar com outro garoto, namorar é um saco, pensou Ela enquanto já trocava olhares com o Outro.
O Outro já sabia que Ela estava na dele, sentiu pelo sorriso com malícia, afinal mulher é um bicho fácil de ser decifrado, ainda mais quanto vista de um ponto de vista racional: como um objeto, uma presa.
Ela sentou do lado do Outro e a conversa fluiu previsivelmente como o esperado, chata e recheada de indiretas que funcionaram melhor que qualquer soco direto do maguila, derrubou-a de vez, já estava jogada na lona, só faltava o golpe final.
Ele não conseguia se concentrar no jogo, falou com Ela antes de sair de casa e Ela continuou fria, adiando o encontro deles para o dia seguinte.Definitivamente as coisas mudaram, mas aquela mulher era especial, não desistiria fácil, devia ser só um momento de confusão, como tantos outros.
Intervalo, o jogo estava chato, zero a zero.Placar que incomodava tanto a seleção como quanto ao outro, que já estava fazendo de tudo para tirá-la da sala e levá-la para um dos quartos vazios da perfeita cada da marina! Vencida pela força de seus argumentos, que coincidiram com o momento que o Outro tirou a camisa, eles foram para o quaro para Ela poder explixar o por que de não trair o namorado.Entre a segunda e quarta palavras que o Outro nem prestou atenção, eles já estavam rolando pelo chão de carpete falso.
GOOOOOOOLLL!!! o gol foi comemorado das mais variadas formas: o grito de uns, o gozo de outros e pelo leve sorriso desanimado d`ele.
Antes de dormir, o Outro estava pensando que adorava a copa do mundo e a irmã safada da Letícia.Ele estava rolando na cama pensando onde ele deveria ter errado.Ela não estava pensando em nada, afinal amanhã tem aula! A única certeza que ela tinha, comprovada pelo empirismo é que tudo que é proibido, com certeza é mais gostoso

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Anos Dourados


Se tivesse que escolher um ano como ano dourado do Colégio Pedro II, eu escolheria o ano de 2008! Coincidência ou não, 40 anos depois de 68! Em comum, nós esperimentamos: a liberdade, o amor, a rebeldia, a democracia, o hedonismo e principalmente a síntese daquele ano, a amizade.
Amigos vêm e vão e com os de 2008 não seria diferente. O clima era especial, propício a união estávamos em turmas novas com velhos conhecidos, estávamos recebendo alunos transferidos de outras unidades trazendo com eles o charme e um tempero a mais para tornar 2008 um ano inesquecível.
Talvez eu fosse um dos poucos que destoasse desse conjunto, eu fui pra uma turma sem identificação alguma comigo, era tão arrogante e vaidoso que deixava o Fernando Henrique no chão, mas nesse contexto fiz um grupo de verdadeiros amigos naquela sala, o quadrado do fundo da sala foi lindo enquanto durou. E os que infelimente estavam "daqui pra lá" que me perdoem, mas o idiota era eu.
Os amigos se multiplicavam, assim como alguns saudosos problemas! Os inimigos a época, hoje são amigos de beber junto ( garçon, a cerveja por favor), mostrando que até os problemas ficaram para trás, mas eles que me desculpem, lembrar do primeiro ano é lembrar que vivíamos em um contexto de guerra fria! Vou explicá-la..
Estávamos em clima de futebol, afirmo que era mais emocionate que copa do mundo, nós do primeiro ano éramos Piriguete e CP créu! Rosa, preto e laranja eram as cores de nossos corações!
Mas o que o futebol tem relação com a "Guerra Fria"? Tudo, que meninas não querem pegar jogadores de futebol, ainda mais os símbolos de uma série? Está montado o palco para o conflito.Entre mortos e feridos, todos sairam ganhando, a única guerra que o final foi feliz para todos, coisa de anos dourados.
Nesse ano, apareceu aquele que pra mim é mais um dos símbolos de 2008: " A casa do Luis".
Desculpem a arrogância, mas não existem palavras pra descrever o que era estar na casa do luis.Ali esperimentávamos a liberdade, coisa perigosa para se dar na mão de adolescentes, ali tínhamos tudo que precisávamos, amigos, bebidas, televisão, dvd e principalmente, tinhamos o Luis como anfitrião, a pessoa que sabe fazer com que todos se sintam em casa na casa dele.
Eu descobri o arpoador no primeiro ano, junto com ele descobri o porre também! o The circle, circulo de confiança, estava em pleno vapor, íamos pra conversar, íamos para compartilhar o que descobríamos da vida, íamos para descobrir coisas novas da vida ( e viva o porre!).Hoje, o arpoador pra mim, nada mais é do que uma lembrança, ir lá hoje em dia é quase frustrante, mas sempre muito prazeroso,ando muito saudosista.
Pra mim, 2008 é ano de eleição para diretor geral do CPII, ano onde eu tomei a dimensão do que é o Colégio Pedro II, a sua importância e valor para todos que compõe a sua comunidade. Mais importante do que o resultado da eleição foi a experiência ( e claro, ser o queridinho da Vera), o debate político, a experiência de gremio. Os derrotados que me desculpem, mas ganhar é muito bom!
Diversão é uma palavra chave, nos divertíamos até voltando para a casa.A "escadinha" eu pouco participei, mas das vezes que fui nunca ri tanto qanto naquela escada do metro, voltar num metro ao melhor estilo navio negreiro valia a pena por estar com vocês.Hoje, se voltássemos para aquela escada a nossa maior diversão seria disputar quem ia jogar o outro mais rápido escada a baixo. Infelizmente.
Assim como Brasília foi a meta síntese para juscelino, pra mim a síntese de 2008 foi Paraty. Mais especificamente o " Quarto 50 e seus fechamentos".Paraty é recheada de lembranças, de situações inesquecíveis, de madrugadas em branco, paulistas assanhadas, foras históricos, troféus simbólicos, professores inesquecíveis e do que eu considero um clima de amor. O Quarto 50 & Paraty é inesquecível, é lindo é 2008.
Nesse ano, eu me embebedei de amor e vomitei ressentimento.Aquela arrogância toda era uma máscara, uma forma de esconder medos, inseguranças e sentimentos.Por isso você Pâm tem a sua importância! Ainda bem que nós não ficamos, eu quebrei toda aquela máscara e fui pro humaitá descobrir quem eu realmente era, me apaixonei por mim e descobri que é na unidade centro, com todos os meus probelamas passados e presentes que eu tenho a minha história, onde o meu nome tem significadoe onde os meus amigos e os meus colegas estão.
É pensando nos meus amigos, os de ontem e os de hoje que eu escrevi essa ode a 2008 e termino com um misto de felicidade e tristeza. Todos foram especiais pra mim, uns mais marcantes que outros, mas todos vocês são insubstituíveis na minha história e eu na de vocês.
2008 é o ano que eu quero me lembrar e contar pros meus filhos e vocês?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Boa noite

Quando for manha
e o sol nascer,
seu coração saberá
que não mais estarei por aqui.

Espero que não sofra.
apenas que sinta saudade
saudade do que fomos
e do que ainda vamos ser.

Antes de partir,
só tenho um desejo a fazer.
Toda noite antes de durmir
torcerei para que escute a minha voz
apenas um "boa noite" lhe dizer.

sábado, 6 de junho de 2009

Teatro



Dessa peça que agora assisto, ja fui o agouro


Dessa peça que agora assisto, ja fui o outro


Dessa peça que agora assisto, ja fui o bobo



Sou telespectador, a tudo assisto de camarote


me divirto nas cenas de tragédia


e choro nas cenas de comédia.



No rompante da paixão, vem minha eterna desilusão


o anticlimax da peça é o que prende minha atenção


E agora diretor, o que me resta dessa peça ?



quinta-feira, 4 de junho de 2009

Fases da Lua

' A esperança é o combustível do amor e o veneno da ilusão'



Sob a luz do luar, não me canso de sonhar

sou menina de corpo quente

nessa noite fria que promete ser caliente

onde estará meu amor, que tarda a chegar ?



Sem querer, me sinto bandida...

temo que começarei a chorar

a lua antes minha amiga

me trai com seu olhar



Quem vem lá ? tento não acreditar.

é sim o meu amor, la vem meu homem amado

de mãos dadas, não comigo mas sim com ela

ela a oficial, eu a outra



a lua mingua, minguo junto com pesar

o corpo antes quente, esfria nessa noite de inverno

torço para a noite acabar e o sol logo nascer

com imensa responsabilidade de um novo dia trazer.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Companheira


É ela minha mulher, corpo quente e sexo farto
é minha companhia, simples e tenra
rosto macio, pele alva, lingua culta de conhecimentos sem fim
estudada, fina de uma elegância sublime
me recita shakespeare ao pé do ouvido
cantarola vinícius na velha zonal sul boêmia

É mulher, mulher bela sem preconceitos tolos
minha companhia das sextas a tarde, com ela vivo
vivo quente, vivo vivo!

Adormeço no seu colo claro
como se estivesse no conforto do ventre materno
durmo, soluço, sonho e babo

Na manha seguinte, me levanto sozinho
mas me sentindo amado
amor que não pede nada em troca
além do combinado e da gorjeta do taxi, é claro

Vã Rebeldia

Chegou a hora decidi mudar
assim como o vento que penteia o mar
chegou a hora, ja cansei de brincar
a minha casa já não é mais meu lar

Larguei pai, mãe e filha
já tinha cansado de catucar
Cansei de escola, livros e amigos
Decidi ser livre, livre pra voar

Dançei, bebi, fumei, chorei
virei noites, matei aula, dormi com putas errantes
procurei no gozo fácil o consolo incerto
virei, cantei, rezei e suei
mas no final de tudo voltei

Voltei, cansado, envorgonhado e safado
procurei meu perdão nos olhares de pena
procurei amor nas palavras de dor
achei desgosto na procura por carinho

Não culpo eles, não culpos tu
espero na verdade repreensão de vós
na verdade o erro é meu
ou na verdade ele seria nosso ?

terça-feira, 19 de maio de 2009

O Novo,

És novo,
porém fustigado
És novo,
porém maculado.

És novo para mim,
que ja sois velho
És novo porque caiste aqui
entre nós velhos de guerra

És novo forasteiro polêmico,
almaldiçoado seja seu procurador,
És novo, vindo das idas terras centrais
vieste pra cá na cara e na coragem

És novo menino impetuoso,
seu estrelismo é doloso
És novo jovem bobo
boa sorte no nosso jogo.

Como eu queria saber rimar.

Amor é linguagem

Ele mal sabia o nome dela, sabia que o primeiro era raquel, raquel "alguma coisa". Ela sabia que ia se encontrar com o Jairo, "jairo de que ?". Sabia que ele era de copacabana, ali perto do bairro peixoto, relativamente perto dela, que morava ali na santa clara.
Se encontravam semanalmente, sempre combinando por curtas mensagens de texto pelo celular, um mal conhecia o timbre da voz do outro, pensar nisso apenas gerava uma doce lembrança dos gemidos roucos e dos gritos histéricos de um como de outro.
Se amava, de um jeito estranho, se amavam e sabiam disso, e por que de tanto amor ? se completavam, tinha o encaixe perfeito. " Apenas no sexo" você deve estar pensando, mas o sexo é a linguagem dos corpos é a forma mais bela e universal, livre e sem preconceitos. Não era necessário palavras, ja bastava suas linguas se entendiam muito bem, elas sabiam de lugares e gostos e sabadores que nenhum diálogo revelaria com a mesma eficácia.
Se entendiam, e conversavam com a beleza de um diálogo de shakespeare, sendo dirigidos pelo instinto, instinto da paixão, do desejo, do sexo e do gozo.
O amar é dançar com perfeição o ballet dos corpos, piruetar no ritmo da alma, saltar no inalcançável, esse que parece perto, que se quase permite ser tocado, nesse instante nos sentimos semi divinos.
Parece que gostamos de ser enganados, insistimos nessa brincadeira de "cão atras do rabo", queremos transcender de nossos corpos, nem que seja por um momento apenas, sair desses corpos imperfeitos e belos por natureza, queremos ser menos humanos tridimencionais e mais "seres" sem dimensões.
Finda-se o ato, a dança esta completa, a carne já não arde mais como antes, o corpo e alma parecem se separar, descolam se em busca do momento sublime, sentem se inundados por uma onda de prazer, um turbilhão se sentimentos, o momento em que o tudo vira o nada, um gozo longo, latente e sublime. Depois como que se castigados por Deus, por termos tido a ousadia da divindade, voltamos ... Somos colados novamente ao corpo imperfeito, agara cansado e exausto, mas de alma saciada.
Raquel e Jairo se olham, os olhos são o reflexo de alma, se amam mais agora.

Fim do espetáculo.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Olhando pra trás

Agora, com calma olhando pra trás, eu vejo como eu era contraditório. Das certezas, eu só era convicto de que queria, hoje eu queria um doce, amanhã apenas o salgado me matava a fome.Fome sempre foi presente, não apenas por essa barriga, que a tempos desisti de esconder, mas eram os mais variados tipos de fome, fome de música, fome de mulher, fome de livros, fome de alcóol, fome de bola.Me sentia um faminto que de tudo provava, mimado sempre fui, hoje eu fazia krav maga, amanha futsal, mas semana que vem já começa o teatro e daqui a uma mês ? só Deus sabia.
Mudei de colégio, cursos de inglês, só não mudei de sexo porque dele nunca duvidei! minha avó, me dizia que eu tinha formiga na bunda e tava atrás de uma "namorada", meu pai sempre impaciente e testemunha da minha 'fome' reduzia a situação segundo ele " a uma correria atras de buceta" desculpe a expressão.
Não era só isso, realmente não fazia muito sucesso com as mulheres, mas com o tempo, fui melhorando, mas elas não eram o banquete principal, o novo me fascinava e logo depois me entediava, me lembro do humaitá, gente nova, novas oportunidades ... rotina, acordar as seis, metro, aula, quebrar alguma coisa, casa ..aaah rotina, esse veneno viciante do cotidiano, tão doce e reconfortante e tão amargo e entediante. e lá se vão as contradições.
Não queria mudar, nem aceitar que estava errado, a verdade é relativa e sempre estava a meu lado, nem eu me entendia, não conseguia entender o por que da minha capacidade de despertar amor e odio, nunca o meio termo. Eu gostava de aparecer, e aparecia, talvez esse o ódio de alguns, mas aparecia não por estrelismo, mas sempre impondo a minha filosofia, seja na minha breve " vida política estudantil de passear pelo colégio fazendo campanha" o que me rendeu o belo apelido de "reaça", ou debatendo sobre futebol, meu problema era ter opinião demais.
Hoje vejo, o quão belo era, o quão perfeito é hoje você amar e amanha odiar, agora ser o ultímo romantico e depois mais um cafajeste. A beleza de ser o pior e o melhor aluno, a frustrução de um fora e alegria de um beijo, a ereção contida e o gozo livre.
Agora eu entendo e sorrio, meu maior defeito sempre foi minha melhor qualidade, me sentir incompleto me fazia livre, e a liberdade me levava a me completar. Graças a Deus que eu era incompleto!"
Tudo vale a pena, se a alma não é pequena. ( Finalmente eu entendi o que isso significa, sou lento, não ?)