domingo, 12 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
A Morte do Poeta
Poesia é vida, vida dos sonhos.
Poeta é um mentiroso profissional,
honesto profissional.
Poesia é um mundo particular,
meu mundo particular.
Na morte do poeta,
choram as viúvas.
viúvas dos sonhos, do imaginário,
daquilo tudo que nunca foi real.
Na morte da poesia,
celebra-se a vida.
Vida Real.
Adeus, poeta. Adeus pro seu mundo ideal.
domingo, 28 de novembro de 2010
Omnibus
Menina sem nome no ponto me espera,
me pega, me leva, me solta, me arrasta.
A cada freiada acelero em teu rumo.
Menina bonita o colégio te espera.
me deixa, menina, te ensinar o que a sala despreza!
Menino, safado, teu flerte desperta
me pega, me leva, me solta, me arrasta
a cada parada me aconchego em teu peito
Seu sorriso, menina, me expanta da Fera...
O sino apitou, o downtown chegou e o flerte acabou
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
O Perfume
que tem para si o perfume do mundo.
Maravilha de perfume.Perfume de mulher;
Inebriante, marcante
forjado nas pétalas de rosas vivas
e nos doces de bombons garato.
Perfume forte, aquecido pelo calor dos trópicos,
é tropicana, gostamos de seu sabor.
Caliente. Ardente.
Garota, pseudo doçura
descrita a risca nos romances de Sade.
Libido, desejo, passividade.
Cheiro que embebeda o desejo dos louros amantes,
investe de certeza o aroma
do mais sublime banquete
Dionisíaca, Baco, Bacante.
Fragância que convida
a gênese da vida.
detêm-se nos muros canhestros.
Insatisfeita menina, pudica?
Perfume que dá fome
TIC
Perfume que dá fome
TAC
domingo, 14 de novembro de 2010
Ele, o Tempo.
Tempo de descobrir, proibido era esse Tempo, que Tempo gostoso.
Sonhava com o Tempo futuro, onde o nosso Tempo seria uno.
Primavera dos Tempos, dos encontros desencontrados, dos tempos até hoje relembrados.
Que Tempos, quase dourados.
Veio aquele que parecia o fim, o fim dos tempos !
Tempo que nos mostrou que nosso Tempo era separado,
Tempos passados estavam mortos e enterrados.
Feliz início para outros tempos, hoje ornados e statificados.
Ahh.. Tempos novos, novos e simultaneamente velhos, velhos tempos que hoje lembramos.
Lembramos sem vivê-los, afinal nunca o vivemos.
Tempos hoje sem nome! Inominável e curioso. Tempo apenas que nos dá certeza dos futuros tempos incertos.
Tempos diferentes, como sempre. Tempos parecidos, como sempre.
Esse texto é pra você e ao nosso amigo e, às vezes, inimigo Tempo.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Tempos Antigos
Comíamos pipoca de mãos dadas, caminhávamos sem rumo pelas sombras da praça, nossa única preocupação palpável era não sermos acertados pelos balaços disparados pelos pequenos craques de rua. Bons tempos em que "balaços" e "Craque" ainda podiam ser usados na mesma frase sem despertar arrepios.Alimentávamos despreocupadamente entre risinhos bobos e apaixonados os pombos que lá habitavam. Tanto amor nós tínhamos que nem nojo dos ratos do ar nós sentíamos.
Fazia em ti e ao mesmo tempo em mim todos os carinhos do mundo, mas nem todos eram capazes de amenizar o meu ego por estar ao teu lado.
Sentávamos nos belos bancos verdes oliva e tal qual namorados, assistíamos as crianças brincarem de pique e eu galhofamente sussurrava em teu ouvido " Enquanto as crianças brincam de pique, nós jovens deveríamos estar brincando de pega."
Fugindo de seu tímido tapinha ruborizado, me levantava e trazia-a junto a mim para darmos mais uma volta pela Praça dos Amantes. Fazíamos planos nas nuvens cor de algodão enquanto comíamos doce de algodão rosa, rosa como a cor das maças de seu rosto corado pelo sol do meio dia.
Ahh doce e triste tempo! É hora de voltarmos, pegarmos o bonde para copacabana e só nos reencontrarmos nas intermináveis aulas de literatura do Ginásio Nacional. Ahh doce e cruel tempo, por que comportava-te assim? O tempo contigo deixava de ser um claustro e tornava-se um doce passa-tempo.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Todo conto tem o seu fim!
sábado, 23 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Querência
terça-feira, 19 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
Cansaço
Estou cansado,
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Laranjeiras
terça-feira, 12 de outubro de 2010
O Lobo Rei & A Princesa Loura
- Sinto-me estranha!
- Estranha? Logo agora que não é mais uma estranha?
- Não sei o que é... Algo mudou, aquele desejo do novo, o hedonismo, o tesão puramente carnal dos bailes de carnaval passou, amor.
- Amor, amor?
“O lobo fugiu da corte da vila para cassar. A loura saiu da corte da princesinha do mar para amar.”
Desejaram-se desde sempre, reprimidos pelas amarras de narizinho e pelos feitiços do bruxo de bigode.
- Ninguém no corredor! Bradava o Dementador.
Mas, o bonde da história nunca anda para trás. Arrasa o passado e liga-se o futuro. Forma-se a linha 415 e assim brada o cobrador:
-Tijuca, Centro e Copacabana! Quem vai?
Foram, foram juntos aos salões não muito animados dos bailes de D Pedro , lá ouviam as cantigas de amor do trovador vaticinador, até que o passado passou. E o futuro? Pegou o bonde, não pediu licença e entrou.
Enamorados safados, ex- namorado safado! Ao som da exaltação maníaca dos corpos curiosos, conjugaram-se nus de vergonha as margens da praia onde pela primeira vez botaram fogo nos seus desejos há muito ardentes.
Diziam que o show podia parar, mas não sabiam que o show deles estava para começar. Olhares tornaram-se toques, desejos metamorfizaram-se em beijos e as profecias, verdade.
sábado, 9 de outubro de 2010
Encantado
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Do prazer de estar com esses poetas profanos...
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
O Fênix

segunda-feira, 20 de setembro de 2010
A amiga
meu amor.
Mulher amada,
que não foi destino meu.
Quero escrever a você,
pois de você guardo boas e más lembranças sobre o meu passado,
aquele que nunca foi nosso.
Você me conheceu em plenitude,
pois te amei em plenitude.
Só você sabe das besteiras que falei.
pois só você testemunhou o bobo que fui
Você tem as minhas flores vermelhas, brancas e rosas,
pois fui o jardineiro da (falsa) esperança
Hoje, passado e presente se misturam em um híbrido de sentimentos
ontem os piores,
hoje os melhores.
Anteontem, o meu amor
ontem, o anti-herói da minha história
hoje, minha amiga.
Hoje, ao contrário de ontem,
não somos próximos
Hoje, ao contrário de ontem,
somos mais próximos.
Sempre quis te falar tudo,
mas nunca consegui dizer nada
sempre quis de dar tudo
quando na verdade,
nunca te dei nada.
Hoje, te dou o que tenho
Hoje, te peço o que você têm
Hoje, você me dá o que eu quero
Hoje, eu tenho o que eu quero.
Passado e presente se misturam
Passado e presente é o que eu quero
Passado e presnete é o que eu tenho
Você viveu e morreu no meu passado,
você é personagem do meu presente,
a incógnita do meu futuro.
A carta que eu nunca mandei pra você.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
O Rito
Os experientes sacerdotes se olham com aquiescência e se retiram do palco. Novos jorros de fumaça inundam o palco, a luz torna-se vermelho vivo. Entram no fundo do palco jovens ninfas que junto da música começam a dançar; dá-se inicio ao rito.
Assim, começa a coreografia de Dionísio. A ninfa e o mancebo deitam-se em lençóis por hora brancos e dançam o ritual dos corpos sedentos, o ritual de querência mútua, o ritual da carne. Encenam com maestria e perfeição a mais bela ode a Baco, um hino a Dionísio.
Amor e ódio, desejo e proibição, lascívia e timidez são os ingredientes para a química do amor simplório, fundindo-se com perfeição na mais bela antítese da vida humana.
Suor e lágrimas, dor e prazer são os compassos da partitura que reje os principiantes amantes enlaçados no fascínio que é a satisfação do apetite vivaz e virginal. Elementos que geram a sinestesia entre corpos e almas.
O rito vai dando certos, os passos antes inseguros já são dados com a firmeza e a vontade necessárias. O climax é eminente, os amantes já banhados pelo único e puro líquido da virgindade feminina se preparam para o momento mais belo, o momento de confirmação de suas escolhas, o encontro com Dionísio onde deixam se serem ninfas e mancebos e tornam-se sacerdotisas e sacerdotes da mais bela e antiga arte da vida. Venha Dionísio! Venha o prazer! Venha o gozo! Venha a confirmação!
As luzes vão enfraquecendo, os amantes dançam em compassos mais lentos e cansados, as ninfas bailarinas interrompem a coreografia de fundo. Os amantes se desentrelassam ao ritmo da respiração animal. A luz apaga e aos poucos retorna, dessa vez ela volta a ser azul. O casal encontra-se nu, deitado e coberto sob lençóis não mais brancos, mas sim vermelhos.
A expressão é de contentamento, os novos sacerdotes trocam tímidas carícias, mal se conhecem! Se locupletam em desejo, mas não comungaram em alma.São amantes sinceros, amantes da dança, amantes do momento.
Vencidas as barreiras do tempo, do medo e da fama, os belos amantes se levantam nus, visivelmente exaustos, e caminham para o fundo do altar de Baco.
São únicos um para o outro, serão eternos em lembranças. Passado e dado o primeiro passo, estão prontos para dançarem como novos pares, ou com vários parceiros, estão prontos para praticarem o culto ao corpo em novos tempos e em outros templos.
Ao chegar ao fundo do palco, os sacerdotes iniciados se despedem, cada um escolheu para si uma direção. Após um rápido e tímido beijo, cada um segue o seu caminho ao som de uma música alegre e vivaz, deixando claro que é o fim da peça, mas também o início da vida.
domingo, 22 de agosto de 2010
A Loura
Jovem Surpresa foi você para mim, me conquistaste com suas tímidas palavras que contrastavam com suas estonteantes curvas desenhadas pelo mais talentoso ourives da corte da Princesinha do Mar. Contraste esse, entre corpo e alma que formavam na terra e se personificavam em você como o mais belo paradoxo antes nunca visto pelo homem.
Queria eu que você, linda loura, fosse meu par nas doces danças de celebração a Baco.
Queria eu que dançássemos a dança dos loucos e desvairados, tendo como única música o som de nossos corpos calados.
Queria eu que em nosso carnaval fôssemos como mestre sala e porta bandeira de nosso desejo sincero.
Queria eu que fôssemos amantes e em nossos lençóis pretos e vermelhos, desfrutássemos de nosso presente e esquecêssemos de nosso passado e futuro.
Você, Loura, é a Imperatriz dos meus sonhos e a atriz principal dos meus desejos, a morte do meu passado e a Flor do meu futuro.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
República do Bar das Putas !
Não quero analisar o nome, nem as analogias maldosas que eles acarretam.Quero analisar seu ambiente, o mais democrático Bar do Rio de Janeiro.
Nele sem frescuras convivem a classe, o garbo e a elegância dos poetas mais finos até a prosmiscuidade e lascívia das porstitutas errantes que fazem por ali seu ponto, e assim batizam o bucólico bar.
É nas cervejas quentes e em seus copos de higiene duvidosa que se travam os mais belos debates sobre: literatura, orgias alheias, política, crimes passionais e história.
Deveria todo frequentador das esquinas da praça tiradentes ser blindado de imunidade parlamentar, presenteado com um gabiente nos cabeças de porco dos arredores e contratar para o seu bel prazer as meretrizes que lá labutam!
Daríamos a palavra a cada orador, que embebecido pelo soro da verdade, iria narrar as comédias da vida privada, so som de vaias e aplausos emitidos pela beleza popular.Tal ambiente teria em si a intrínseca relação dos anais e dos anus da história coletiva brasileira.
Seria um parlamento livre dos coronéis, livre dos politiqueiros da falsa esquerda e cercada e entumecida do verdadeiro tipo humano que nos interessa: o ser humano real, aquele que existe e nao anda de terno e gravata, mas sim com o uniforme do povo.
Cansado da política atual, mas cheio de esperança pela utopia que o BDP me acalenta, eu vou logo avisando aos oligarcas de plantão, eles que se preparem! Estamos cansados dessa Velha Nova República!
Aguardem não mais o grito do Ipiranga, mas sim o tilintar dos copos de itaipava que usaremos para comemorar a República do BDP, pois tenho tenho certeza que república mais democrática não há!
sábado, 10 de julho de 2010
Meu dia de Doutor
- Com licença, mas Você é o amigo do Doutor ? ( pscicólogo e filósofo de butequim de renome internacional e antigo personagem do livrepub.)
-Sim, sou sim. Mas infelizmente ele se aposentou, esta em Itapuã com uma bela loiraça que ele conheceu em uma de suas consultas.Agora ele só escreve poesias e críticas sobre o cotidiano da vida moderna.
-Eu precisava da ajuda dele.Mas, quem sabe você não pode me ajudar? Eu preciso de alguém que me oriente! Você pode perceber, eu não estou lá muito bem, ando angustiado, vivo pelos cantos, não sou nem sombra do meu eu antigo, estou praticamente irreconhecível.As piadas acabaram, o amor acabou e tudo por caulpa daquela mulher...Vou te contar a história, eu era apaixonado, foram momentos lindíssimos.Tenho certeza que ela é o amor da minha vida, a mulher que apesar de tudo ainda quero pra mim, quero fazê-la feliz porque assim serei feliz.Não vivo mais a minha vida, estou a um ano apenas procurando saber o que ela faz, com quem ela sai, quem ela se relaciona, cada dia é um tortura diferente! Ela me trocou por outro, um babaca qualquer, será que só ela não vê isso? Eu preciso saber, como tê-la de novo!
A história, contada com a emoção que apenas quem viveu sabe foi comovente, ouvia a tudo observando a praça, as pessoas e a vida de quem não parecia ter problemas. Não pude me furtar em dar a minha opinião, claro que sem a mesma elegância, classe e garbo que o Doutor fazia, como sabem seus leitores.
-Rapaz, eu nem te conheço mas a resposta está aqui na sua frente, na bela Afonso Pena.A resposta está na vida.A história que você teve acabou e você continua preso a ela, pelos seus motivos claro.Mas olhe as crianças brincando, os velhos jogando biriba, os namorados safados.Tods tem problemas, cada com os seus, mas independente disso estão ai, vivendo, aproveitando a vida.O que você teve, foi bonito, viveu o seu momento.Se apaixonar é muito bom? com certeza! Se apaixone, façam com que se apaixonem você, faça alguém feliz que é a coisa mais gratificante do mundo.A história serve para entender o mundo em que vivemos hoje e as pessoas que somos no presente, mas uma coisa você não está entenddendo, a vida não para! Guarde as suas boas lembranças, com carinho e com respeito, mas construa novas.
Viva e deixe viver!
sábado, 19 de junho de 2010
Romantismo

terça-feira, 15 de junho de 2010
Clima de Copa
Ele acordou preucapado, estava desconfortável com as constantes brigas com a namorada, queria um jeito para resolver de uma vez os problemas, queria que as coisas voltassem a ser como antes.Nem lembrou que era terça, dia de Brasil e Coréia, mas quando lembrou sentiu aquela pontada no estômago conhecida por todos, o ciumés.Ciumes de que, meu Deus? perguntava ele enquanto tomava café da manhã, afinal é minha namorada de anos, não posso duvidar dela, se ela prefere ver o jogo com a irmã e os amigos melhor assim.Tenho que confiar nela, aproveitando essa época ufanisma vou comprar um ursinho na cor do brasil e dar pra ela, tenho certeza que tudo vai se resolver.
O outro acordou ansisoso afinal era dia de ser Brasileiro, preparar os pulmões para soprar as vuvuzelas por noventa minutos e xingar o péssimo técnico Dunga, afinal se o Brasil não for campeão a culpa será dele. Quem mais proibiria sexo?! Isso só reforçava que gaucho é tudo viado.Ainda tinha outro bom problema a ser resolvido, em cliama de copa não faltam convites para assistir os jogos, o outro estava em dúvida entre asssitir o jogo na casa do betão ou ir para a casa da Marina, sua colega de faculdade.
A casa da Marina é perfeita: Grande, exótica, confortável e com muitos quartos livres.O jogo já estava quase começando quando Ela chegou acompanhada da irmã, assim que viu o Outro confortavelmente jogado sobre uma almofada se sentiu tentada a sentar perto, afinal qual o mal de conversar com outro garoto, namorar é um saco, pensou Ela enquanto já trocava olhares com o Outro.
O Outro já sabia que Ela estava na dele, sentiu pelo sorriso com malícia, afinal mulher é um bicho fácil de ser decifrado, ainda mais quanto vista de um ponto de vista racional: como um objeto, uma presa.
Ela sentou do lado do Outro e a conversa fluiu previsivelmente como o esperado, chata e recheada de indiretas que funcionaram melhor que qualquer soco direto do maguila, derrubou-a de vez, já estava jogada na lona, só faltava o golpe final.
Ele não conseguia se concentrar no jogo, falou com Ela antes de sair de casa e Ela continuou fria, adiando o encontro deles para o dia seguinte.Definitivamente as coisas mudaram, mas aquela mulher era especial, não desistiria fácil, devia ser só um momento de confusão, como tantos outros.
Intervalo, o jogo estava chato, zero a zero.Placar que incomodava tanto a seleção como quanto ao outro, que já estava fazendo de tudo para tirá-la da sala e levá-la para um dos quartos vazios da perfeita cada da marina! Vencida pela força de seus argumentos, que coincidiram com o momento que o Outro tirou a camisa, eles foram para o quaro para Ela poder explixar o por que de não trair o namorado.Entre a segunda e quarta palavras que o Outro nem prestou atenção, eles já estavam rolando pelo chão de carpete falso.
GOOOOOOOLLL!!! o gol foi comemorado das mais variadas formas: o grito de uns, o gozo de outros e pelo leve sorriso desanimado d`ele.
Antes de dormir, o Outro estava pensando que adorava a copa do mundo e a irmã safada da Letícia.Ele estava rolando na cama pensando onde ele deveria ter errado.Ela não estava pensando em nada, afinal amanhã tem aula! A única certeza que ela tinha, comprovada pelo empirismo é que tudo que é proibido, com certeza é mais gostoso
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Anos Dourados

Amigos vêm e vão e com os de 2008 não seria diferente. O clima era especial, propício a união estávamos em turmas novas com velhos conhecidos, estávamos recebendo alunos transferidos de outras unidades trazendo com eles o charme e um tempero a mais para tornar 2008 um ano inesquecível.
Talvez eu fosse um dos poucos que destoasse desse conjunto, eu fui pra uma turma sem identificação alguma comigo, era tão arrogante e vaidoso que deixava o Fernando Henrique no chão, mas nesse contexto fiz um grupo de verdadeiros amigos naquela sala, o quadrado do fundo da sala foi lindo enquanto durou. E os que infelimente estavam "daqui pra lá" que me perdoem, mas o idiota era eu.
Os amigos se multiplicavam, assim como alguns saudosos problemas! Os inimigos a época, hoje são amigos de beber junto ( garçon, a cerveja por favor), mostrando que até os problemas ficaram para trás, mas eles que me desculpem, lembrar do primeiro ano é lembrar que vivíamos em um contexto de guerra fria! Vou explicá-la..
Estávamos em clima de futebol, afirmo que era mais emocionate que copa do mundo, nós do primeiro ano éramos Piriguete e CP créu! Rosa, preto e laranja eram as cores de nossos corações!
Mas o que o futebol tem relação com a "Guerra Fria"? Tudo, que meninas não querem pegar jogadores de futebol, ainda mais os símbolos de uma série? Está montado o palco para o conflito.Entre mortos e feridos, todos sairam ganhando, a única guerra que o final foi feliz para todos, coisa de anos dourados.
Nesse ano, apareceu aquele que pra mim é mais um dos símbolos de 2008: " A casa do Luis".
Desculpem a arrogância, mas não existem palavras pra descrever o que era estar na casa do luis.Ali esperimentávamos a liberdade, coisa perigosa para se dar na mão de adolescentes, ali tínhamos tudo que precisávamos, amigos, bebidas, televisão, dvd e principalmente, tinhamos o Luis como anfitrião, a pessoa que sabe fazer com que todos se sintam em casa na casa dele.
Eu descobri o arpoador no primeiro ano, junto com ele descobri o porre também! o The circle, circulo de confiança, estava em pleno vapor, íamos pra conversar, íamos para compartilhar o que descobríamos da vida, íamos para descobrir coisas novas da vida ( e viva o porre!).Hoje, o arpoador pra mim, nada mais é do que uma lembrança, ir lá hoje em dia é quase frustrante, mas sempre muito prazeroso,ando muito saudosista.
Pra mim, 2008 é ano de eleição para diretor geral do CPII, ano onde eu tomei a dimensão do que é o Colégio Pedro II, a sua importância e valor para todos que compõe a sua comunidade. Mais importante do que o resultado da eleição foi a experiência ( e claro, ser o queridinho da Vera), o debate político, a experiência de gremio. Os derrotados que me desculpem, mas ganhar é muito bom!
Diversão é uma palavra chave, nos divertíamos até voltando para a casa.A "escadinha" eu pouco participei, mas das vezes que fui nunca ri tanto qanto naquela escada do metro, voltar num metro ao melhor estilo navio negreiro valia a pena por estar com vocês.Hoje, se voltássemos para aquela escada a nossa maior diversão seria disputar quem ia jogar o outro mais rápido escada a baixo. Infelizmente.
Assim como Brasília foi a meta síntese para juscelino, pra mim a síntese de 2008 foi Paraty. Mais especificamente o " Quarto 50 e seus fechamentos".Paraty é recheada de lembranças, de situações inesquecíveis, de madrugadas em branco, paulistas assanhadas, foras históricos, troféus simbólicos, professores inesquecíveis e do que eu considero um clima de amor. O Quarto 50 & Paraty é inesquecível, é lindo é 2008.
Nesse ano, eu me embebedei de amor e vomitei ressentimento.Aquela arrogância toda era uma máscara, uma forma de esconder medos, inseguranças e sentimentos.Por isso você Pâm tem a sua importância! Ainda bem que nós não ficamos, eu quebrei toda aquela máscara e fui pro humaitá descobrir quem eu realmente era, me apaixonei por mim e descobri que é na unidade centro, com todos os meus probelamas passados e presentes que eu tenho a minha história, onde o meu nome tem significadoe onde os meus amigos e os meus colegas estão.
É pensando nos meus amigos, os de ontem e os de hoje que eu escrevi essa ode a 2008 e termino com um misto de felicidade e tristeza. Todos foram especiais pra mim, uns mais marcantes que outros, mas todos vocês são insubstituíveis na minha história e eu na de vocês.
2008 é o ano que eu quero me lembrar e contar pros meus filhos e vocês?